terça-feira, 29 de março de 2011

Comunicado { I }

Olá minhas queridas leitoras *.*



Vocês têm todas as razões para estar chateadas comigo :x

Eu sei que não tenho postado regularmente, mas a escola, os treinos e o piano têm ocupado todo o tempo que tenho tido.

A partir de sexta-feira irei postar mais regularmente pois os testes acabam e entramos em férias da Páscoa.

Queria pedir para não deixarem de ler por causa disto e mais uma vez peço imensa desculpa.

Depois, queria também informar que durante um tempo indefinido o blog passará a estar privado, por isso quem quiser ler que me mande o email para nii_23@hotmail.com para eu dar acesso (;

Mais uma vez desculpem meninas :c

Beijinhos*

Nii'i

domingo, 27 de março de 2011

31º Capitulo - "A ti escapa-te tudo."

Depois daquele momento eu e o David voltamos a entrar, claro que um primeiro e só depois do outro.

Quando eu entro deparo-me logo com uma cena lamentável. O Ruben e a Carina estavam de novo a discutir.

- Vocês outra vez? – Digo, chegando perto deles.

- Ele é que começou.

- Grande lata.

- Acabou. É a última vez que digo isto e estou a falar muito a sério. Ou vocês os dois param de discutir, podem não se falar mas não discutam, ou entao e deixo de falar com os dois de vez. E estou a falar muito a sério. – Eles não responderam apenas cada um seguiu o seu caminho.

Aquela festa estava sem dúvida a correr muito bem.

- Obrigada. – Disse a Xana abraçando-me.

- Obrigada de que?

- Por isto. É um sonho estar aqui com eles todos.

- Eles aqui não são jogadores, são pessoas normais que eu tenho a sorte de chamar de
amigos.

- Eu sei, e é disso que te estou a agradecer. De puder estar aqui com pessoas com tão bom coração e com uma vontade enorme de ajudar.

- Oh, não tens nada que agradecer. – Abraçamo-nos. Ela era sem dúvida alguma uma grande amiga que eu tinha feito em Lisboa.


Passaram-se duas semanas desde o meu aniversário. Eu e o David continuávamos no “vamos andando” e estávamos muito bem.

Viver na mesma casa que o Ruben e a Carina tem sido uma autêntica aventura. Passavam o tempo todo a discutir mas desde que eu fiquei um dia e tal sem falar com eles parece que aprenderam que tem se dado razoavelmente como pessoas civilizadas.

Hoje é dia 10 de Março e estamos em minha ( sim minha, o Ruben diz que a casa agora também é minha e da Carina porque vivemos lá ) a preparar a viagem que eu, a Carina e a Alexandra vamos fazer a Madrid.

- Eu acho que devemos ir sexta. – Disse a Carina.

- Por mim tudo bem.

- Por mim também.

- Saimos das aulas a 1.30 e apanhamos o avião das 15.30. Que vos parece?

- Sim. E voltamos domingo no voo das 19.45 sim?

- Sim. Sendo assim vou reservar no hotel 2 noites e 3 dias. – Dito isto a Alexandra
levantou-se e dirigiu-se para o jardim para tratar da reserva.

Mal ela acaba de sair ouço a porta da rua a abrir.

- Olá gente. – Disse o Ru entrado na sala.

- Oi. – Disse o David.

- Olá meninos. – Disse eu.

- Olá David. – Percebi que a Carina não ia dizer nada ao Ruben e olhei-a em sentido de reprovação. – E olá Ruben. – Sorri-lhe.

- Estão a tratar da viagem? – Disse o Ruben.

- Sim. Partimos sexta as 15.30 e voltamos domingo a noite. – O David não gostava muito da ideia de eu ir, mas como ele sabia que não éramos oficialmente namorados nem valia a pena reclamar.

- Tenho uma surpresa para ti. – Neste momento o Ru já encontrava sentado ao meu lado.

- Diz Ru.

- Como eu sou um melhor amigo muito fixe, que se preocupa com a melhor amiga, que a quer ver feliz, que…

- Fogo, vais dizer ou vais enrolar? – Interveio a Carina. O Ru ia responder mas olhou para mim e percebeu.

- Pronto, assim sendo, tenho 3 convites para o jogo Real Madrid – Barcelona que vai ser este sábado a noite no Santiago Barnabé. – Atirei-me literalmente par ao colo do Ruben.

- Obrigada. Mesmo muito Obrigada. Tu sabes que o meu clube é o Benfica mas sabes que gosto MUITO do Real.

- Posso acabar?

- Ainda há mais?

- Sim. Os bilhetes são VIP, logo vais ver o jogo no camarote.

- És o melhor amigo do Mundo.


Os dois dias que faltavam passaram a correr e hoje já era sexta.

- Porta-te bem miúda. – Disse-me o Ruben no aeroporto.

- Sempre. – Abracei-o. Eu agradecia todos os dias por ter um melhor amigo com ele.

Chegou a vez de me despedir do David. Como estava ali mais gente não podíamos dar nas vistas.

- Vou ter saudades tuas. – Disse eu.

- Eu também garota. Tou louco pra beijar você.

- Sabes que não pudemos.

- Deixe pra lá. Eles vão ter que saber e vão um dia.

- David… - Nada a fazer. Ele não me deixou acabar de falar beijando-me. Deixe a razão de lado e entreguei-me ao beijo. Desde que tínhamos decidido que “íamos andando” que tínhamos estado todos os dias juntos. Eu amava-o, disso não tinha dúvidas mas ainda não estava preparada para ter uma relação com alguém outra vez.

- Está-me a escapar alguma coisa? – Disse o Ruben depois de eu e o Dê terminarmos o beijo.

- A ti escapa-te tudo. – Disse a Carina, mas desta vez não se riu, ou seja, estava a falar a sério. Ela disse tão baixo que só eu consegui ouvir.

- Depois eu falo com você mano. – Respondeu o David.

Despedimo-nos mais uma vez de todos e entramos no avião. Esperava-nos um grande e emocionante fim de semana em Espanha.

sábado, 19 de março de 2011

30º Capitulo - "Quando abri fiquei completamente sem reacção." ( Parte II )

Olá minha gente :D

Queria anunciar que já nao serão precisos 15 comentários para eu postar :D

Postarei sempre que conseguir (;

Claro que, se comentarem dao-me mais animo para escrever e assim posto mais rápido, mas nao serão obrigatórios apartir de hoje :)

Beijinhos

Nii'i

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Devia ser o colar mais bonito que já tinha visto. Era todo em prata e tinha uma
frase escrita, dizia “ Tudo aquilo que Deus tiver unido jamais alguém poderá separar”. Emocionei-me.

- Bia, estás bem? – Perguntou o Ruben. E agora? Como ia explicar?

- Sim estou.

- Mas porque estás a chorar?

- Porque eu andava a ver este colar ao tempo e o David acertou mesmo em cheio no que eu queria. – É óbvio que eu estava a chorar pelo gesto dele. Mas como? Como é que ele sabia que nós nos íamos entender?

- Ah tudo bem. Bem, mas agora só falta a minha prenda.

- E a minha. – Disse a Carina.

- Nem pensem em começar.

- Claro que não. Toma a minha. – Disse a Carina entregando-me um envelope.

- Não, primeiro a minha. – Disse o Ruben entregando-me também um envelope. Eles ficaram um bocado constrangidos por as prendas serem as duas envelopes, ou seja serem “iguais”.

- Eu abro as duas ok? – Peguei no primeiro envelope e abri-o, tinha lá dois bilhetes de ida e volta para o Brasil com tudo pago, viagem, hotel, tudo. Parecia ser uma daquelas coisas que as agências fazem. Não me manifestei, porque antes tinha de abrir o segundo. Quando vejo o que está dentro do segundo envelope comecei-me a rir de uma maneira, que quem não me conhecesse dizia que eu era maluquinha.

- As prendas metem assim tanta piada? – Perguntou a Carina.

- Metem Káká, metem. – Era assim que eu a tratavam desde sempre. Era a única pessoa que a chamava assim. Ela detestava mas assim é que metia piada.

- Olha mas diz lá porque mete tanta piada, até estou curioso. – Disse o Fábio.

- Vocês já puderam comprovar que estes dois não se dão, certo?

- Sim. – Responderam todos menos a Káká e o Ru.

- E se eu vos dizer que eles podem não se dar bem mas têm os mesmo gostos?

- Ah?!

- Eles deram-me exactamente a mesma prenda. – E voltei-me a rir. Eu não conseguia parar de rir. Quando o pessoal ouviu o que disse riu-se comigo.

- O Quê? – Perguntaram eles os dois.

- Estás a brincar não estás?

- Não Ru, vê. – E passei-lhe os dois envelopes.

- Eu não acredito nisto.

- Deixem lá. Eu amei a vossa prenda.

- Obrigada. – Reponderam os dois ao mesmo tempo. Novamente risota geral.

O Javi foi para o seu mundo e começou a pôr músicas capazes de pôr todos a dançar.

Aproveitei que estavam todos entretidos e vim cá fora apanhar um bocadinho de ar.

Encostei-me a uma arvore e fiquei a observar a beleza do rio Tejo.

- Está pensando em quê? – Assustei-me com o David a agarrar-me por trás e a sussurrar-me ao ouvido.

- Em como a minha vida mudou desde que vim para Lisboa. – Encostei a minha cabeça no
seu peito.

- Está arrependida? – Notei um certa desilusão na sua voz.

- Claro que não tontinho. – Disse virando-me para ele. – Foi a melhor decisão da
minha vida. – Beijei-o. – Obrigada pelo presente, não podia ter sido melhor.

- Sabe a frase que está neste colar? – Disse pegando no colar. Sim, eu tinha-o colocado logo no pescoço e tencionava não o tirar mais.

- Sim, é muito bonita.

- É a nossa frase. Eu também tenho ela.

- Como assim?

- Veja. – Subiu um bocadinho a camisola e eu vi uma pulseira castanha com a mesma frase no seu pulso.



Eu toquei na pulseira dele e ele no meu colar.

- Não é de sempre…

- … mas é para sempre! – E selamos esta união com um beijo apaixonado, tendo como espectadores e testemunhas o Rio e a lua reflectida nele.

quinta-feira, 17 de março de 2011

30º Capitulo - "Quando abri fiquei completamente sem reacção." ( Parte I )

Olá meninas (;

Deixo aqui um capitulo bem grandinhos :D

Espero que gostem (;

Beijinhos

Nii'i

Ps: Em relaçao aos comentários ja bem ;b

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- Chega de lamechices. Está na altura de abrires as prendas. – Disse o Rúben.

- Já cá faltava este a estragar um momento.

- Oh miúdo tu deves ter uma panca assim para o muito grande.

- Mas…

- Mas nada. É o meu aniversário, calem-se os dois, carago. Será que nem no meu aniversário se podem comportar como pessoas civilizadas? Se for para continuarem assim prefiro que se vão os dois embora. – Eu estava mesmo triste. Seria pedir muito que a minha melhor amiga e o meu melhor amigo se dessem bem?

- Desculpa. – Disseram os dois.

- Pronto já passou, mas comportem-se. Façam isso por mim.

- Claro que sim pequenina. Se vou ter de conviver com… - Falou o Ruben olhando para a Carina. Mandei-lhe um olhar de reprovação. – Com este ser humano temos de fazer umas tréguas e darmo-nos dentro da medida do civilizado, mas que fique bem claro que é por ti. – Sorri. – Mas agora vamos lá abrir as prendas.

- Nós começamos. – Disse a Elena. – Toma. É minha e do Javi. Entegou-me uma casa. Abri e estava lá um vestido lindo.



- Oh Elena tu deves mesmo adorar ver-me de vestido. – Todos se riam. – Obrigada. É muito bonito.

- Claro que é, fui eu que escolhi. – Disse o Javi.

- Amor, se fosses tu a escolher era a coisa mais feia que existia. Desculpa, mas não tens muito bom gosto para roupa feminina. – Todos nos rimos. O Javi fingiu-se de zangado mas riu também.

- Agora somos nós. – Disse a Andreia.

- Toma pequenina. – disse o Fabio.

- Mas isso agora está a virar moda é?

- Não podes negar que és de baixa estatura. – Disse o Fabio.

- Baixa? Baixíssima estatura queres tu dizer. – O Ruben tinha de mandar alguma
piada. Levou logo na cabeça. – Aú.

- É para aprender a estares calado. – Abri a prenda e encontrei uns sapatos pretos muito elegantes e bonitos.



- São tão lindos.

- Eu não resisti e comprei uns iguais para mim. – Confessou a Andreia.

- Esta é a nossa. – Disse o Salvio. A Magali entregou-me uma saca.

- Se não gostares culpa o Ruben, ele é que disse que ias adorar. – Disse a mesma. Abri e era uma carteira da Hello kitty. Eu tinha este vicio, sim, era viciada na Hello Kitty .



- Acertaram em cheio. Eu tenho este vício. Amo esta gatinha. – Mais uma vez, o riso foi geral e eu senti as minhas bochechas a serem invadidas por uma tonalidade vermelha, sim, corei.

- Deixem a rapariga. Esta é a nossa linda. – Disse a Mónica.

- Se não gostas, eu nem sei que te faço miúda. Tive um dia, sim, um dia inteiro metido dentro de shopping para te comprar isso, sim, porque aqui a Mónica não encontrava nada “perfeito”. – Levou logo na cabeça da Mónica. Abri e vi um casaco vermelho lindo.



- Valeu a pena Carlitos, eu adoro. – Ela detestava que o chamassem de Carlitos e eu chamava-lhe sempre por isso mesmo.

- Carlitos? Muito bom mesmo. – Disse o Fábio rindo-se. Todos se juntaram a ele.

- Amanha, estás feita miúda. Só não estás hoje porque fazes anos.

- Só mesmo tu.

- A nossa é um bocadinho diferente, mas sabes que se eu sou capitão para alguma coisa é. Espero que gostes. – Quando vi o que estava dentro da saca nem queria acreditar. Uma camisola do Benfica das competições europeias assinada e com mensagens de todo o plantel.



- Sabes bem que adorei. Eu amo este clube.

- Já que estamos no Benfica, toma lá a minha miúda. – O Ru deu-me uma caixa pequena.
Um relógio do Benfica. Andava ao tempo para o comprar.



- Andava a namorar este relógio á séculos.

- Eu sei. Tens ideia de quantas vezes me falas-te dele?

- Obrigada.

- Agora é a nossa. Espero que gostes.

- Obrigada Eliana.

- De nada. Foi o Nico que escolheu se não gostares culpa-o a ele. – Uma moldura digital. Andava mesmo a precisar de uma.



- Estás safo Nico, eu adoro.

- Ainda bem que sim. Senão tinha de ouvir a Eliana.

- Toma a minha espero que gostes.

- Oh Alexandra estas muito calada.

- Hum…pois. – Eu sabia que era por estar ali o Gustavo. Ela gostava muito dele, mas não a ia denunciar. Eram umas sapatilhas lindas, ela tinha os mesmo gostos que eu.



- Adoro Xana. Obrigada.

- De nada linda.

- Bia, esta é minha, da mamã e do papá. Fui eu que escolhi. – Disse-me a pequena Belise.

- Anda cá minha linda. – Peguei nela e coloquei-a em cima da cadeira. Era uma máquina digital.



- Podes-me tirar uma?

- Claro que sim pequenina.

- O Ruben diz sempre que pequenina és tu. – Gargalhada geral.

- O Ruben não sabe o que diz. – e olhei-o pelo canto do olho. Tirei-lhe a fotografia e ela foi toda feliz ter com a Marta e o Roberto.

- Não sei se vais gostar, mas é o que eu uso e gosto muito. – Disse-me a Coki.

- Eu também gosto. – Disse o Jara, deixando a Coki envergonhada.



- Adoro. Ouvi falar muito bem dele. Obrigada aos dois.

- De nada pequenina.

- Bem, também tu agora Jara? Afinal estas de que lado?

- Nem venha com essa garota, senão nunca mais saímos daqui. Tome a nossa. – Impôs-se o Luisão. - Eu nem sei o que é. A Brenda não me disse, só disse que cê ia gostar.

- Vindo de ti até tenho medo. – Disse eu virando-me para a Brenda. Eu não acredito. Ela deu-me uma langerie. Fiquei pior que um tomate quando a abri ali ao diante de todos.



- Não fique assim. É bem bonitinha. – Olhei de relance para o David quase que o
matava com o que ele acabara de dizer.

- Vê? Até o David gostou. – Disse a Brenda.

- Digo-te, só mesmo tu para dares isto mas muito obrigada. – Acabei por dizer.

- Agora nós. – Disse a Blanca. – Eu e o Maxi já o lemos e adoramos. – Era um livro do Nicholas Sparks.



- Eu tenho quase todos os livros deste escritor e este era a minha próxima aquisição.

- Ainda bem que gostas-te.

- Agora é a minha vez. – Disse o David. Até tinha medo do que ele me pudesse dar.

- Não era preciso nada.

- Era sim. Tome. – Deu-me uma caixa. Quando abri fiquei completamente sem reacção.

segunda-feira, 14 de março de 2011

29º Capitulo - "Amo-te tanto minha melhor amiga."

Não podia ser. O que estava ela a fazer ali? Não aguentei mais e corri até ela.

Abracei-a com toda a força que tinha. Ela tinha dito que, se eu fosse mesmo embora do Porto nunca mais me iria falar, pois estava a estragar a minha vida por causa de uma pessoa que não merecia. Decidi mesmo assim vir embora, mesmo que assim fosse perder a minha melhor amiga. Nunca mais tinha falado com ela desde Junho. Passaram-se quase 8 meses sem ela, sem aquela pessoa que sempre esteve do meu lado, sem aquela que pensei que nunca me iria abandonar. Eu sei que o erro foi meu. Ela muitas vezes afundou-se comigo para eu não ir sozinha ao fundo. Desiludi-a, mas ela estava ali agora, num dos momentos em que mais falta me fazia.

- Eih, vais-me matar assim. – Deslarguei-me e olhei com mais atenção para ela. Continuava com os olhos muito azuis e com o cabelo loirinha como quando a última vez que a vi. Sorri, como eu gostava daquele sorriso.

- Que estás aqui a fazer? – Disse, enquanto as primeiras lágrimas da felicidade que sentia me invadiam os olhos sem pedirem licença.

- Já não conseguia passar sem as tuas patetices.

- Isso quer dizer exactamente o quê?

- Pedi transferência. – Agarrou-me nas mãos. – Desculpa, desculpa meu amor. Eu sei que te disse que esta amizade era para sempre e que nunca te ia abandonar, mas tu sabes como estava a minha vida na altura e eu pus o meu curso em primeiro lugar e deixei esta amizade de lado. No momento em mais precisas-te de mim eu abandonei-te, e nem sabes como todos os dias me culpo por causa disso. Quebrei a nossa promessa. – Agora, também os olhos dela pareciam infinitos mares de arrependimento. – Mas nunca mais vou cair nesse erro, nunca mais te vou deixar sozinha minha pestinha mais linda.

- Amo-te tanto minha melhor amiga.

- E eu a ti, melhor de todas.

- Só uma pergunta, como soubeste disto?

- Liguei ao pigmeu e ele disse-me. – Pois, como já sentia falta disto. A Carina e o Ruben não se davam mesmo nada bem. Não suportavam estar no mesmo espaço e das poucas vezes que os tentei juntar deu mau resultado.

- Isso quer dizer exactamente o quê?

- Quer dizer que tive de estar mais de 5 minutos a falar com aquele gajo, quer dizer que tivemos a discutir o tempo todo mas no fim falamos 2 minutos civilizadamente, mas que fique bem ciente que só o fizemos por ti, e quer também dizer que vou ficar na casa daquele pigmeu, pelo menos até arranjar sitio.

- Acho que não podia pedir melhor, os meus amigos, os meus melhores amigos e o meu am… - Acho que falei de mais.

- O teu quê?

- Nada.

- Não me mintas Beatriz Maria. – Não entendia, se eu não me chamava assim porque ela teimava em por Maria no meu nome? Era mesmo para me provocar.

- Depois falamos. Anda, quero que conheça o pessoal. – Ela sorriu e deu-me a mão.

Chegamos a mesa e eu falei. – Pessoal, esta é a Carina, a minha melhor amiga desde que nasci. Ela vivia no Porto, mas parece que nos vai fazer companhia por uns tempos.

- Pois, infelizmente. Lá vai o ar de Lisboa ficar infectado. Estava ela tão bem junto dos tripeiros, ao menos estragava-se só uma cidade.

- Ó pigmeu, vê lá que não queres ficar lesionado o resto da época.

- Sim claro. Como se uma meia leca como tu me fizesse algo. Até me fizes-te rir agora.

- Queres experimentar? – Disse a Carina tentando ir em direcção ao Ruben.

- Ó meus grandes ignorantes, eu já tinha saudades destas vossas discussões de crianças, mas hoje é o meu aniversário. Comportem-se ao menos como adolescentes podem ser? – O pessoal já se ria desde o inicio da picardia destes dois.
Eles não responderam. Sentamo-nos. Eu fiquei entre a Carina e o Ruben e em frente ao David.

O Jantar correu bem. Tive a matar saudades da Carina, se bem, que a maior parte do tempo estava mortinha de ciúmes daquela Inês a atirar-se ao David. Ele apenas sorria e mandava-me aqueles sorrisos deles.

Quando acabamos de jantar e antes de pedirmos a sobremesa o Ru levanto-se.

- Pessoal, pessoal. Quero falar um bocadinho. – Até tinha medo do que vinha aí. A minha sorte é que aquilo estava reservado para nós, e os “estranhos” não viam aquelas figurinhas. Vindo do Ruben nunca se sabe o que é. – Como todos sabem eu não conheço a Bia á muito tempo, mas conheço-a á tempo suficiente para a chamar de Melhor Amiga. Acho que, este nem é o termo adequado ao sentimento que nutro por ela. Ela é muito mais que isso, ela é como a minha irmã mais nova, aquela que eu protejo, aquela que eu quero que tenha tudo do bom e do melhor, aquela que atura o meu mau feitio, aquela que está sempre lá, sejam os momentos bons ou maus, aquela que eu sei, que acima de tudo, nunca me irá abandonar, resumindo aquela que eu amo. – Eu levantei-me e abracei-o. Sussurrei-lhe ao ouvido.

- Amo-te melhor amigo de todos.

- Oh pequenina senta-te que eu ainda não acabei.

- O quê mais?

- Senta e não reclama garota. – Disse o Dê. Ele devia saber o que se tratava. Mandei-lhe um olhar fulminante e sentei-me.

- Obrigada puto. Bem, mas continuando. No mês passado, encontrei no chão do quarto dela uma folha amachucada, peguei nela e como estava um pouco aberta comecei a ler. No fim, fiquei sem palavras. Vou passar a ler esse texto, que guardo comigo desde esse dia. – Dito isto tira uma folha do bolso e começa a ler.

“ O vento não parava e soprava com a maior das suas forças, fazendo o cabelo dela voar como a querer ser livre. No entanto, ela continuava parada, continuava presa dentro do seu próprio corpo a olhar o mar sem nenhuma palavra proferir.

Ela estava ali á mais de duas horas, precisava de pensar, e aquele era o único sitio onde ela o conseguia fazer.

Os seus olhos estavam carregados, pesados, transportando sofrimento, angústia e
medo, incertezas e indecisões. Era isso que se passava com ela e era assim que ela se sentia.

Levantou-se e começou a andar, cada passo que dava era como que um medo que para trás ficava. Ela estava decidida, tomou a decisão de esquecer o passado, viver o presente e não pensar no futuro. No entanto, depois de tudo o que se tinha passado na sua vida, depois de tudo o que sofreu e lutou, batalhou mas no fim caiu, no fim foi fraca e acabou por acontecer o mesmo que em vezes anteriores. Não aguentou e fugiu, não dos outros mas dela própria. Deixou para trás a cidade que a viu nascer, os amigos que sempre a ajudaram e a família que era o seu porto seguro. Deixou tudo para rumar á felicidade que ali não era possível. E agora, passados 7 meses ela estava numa praia na sua nova cidade, e decidiu lutar pela felicidade, e para isso acontecer ela tinha de perder o seu maior medo, o medo de amar e se deixar ser amada”.
– Quando o Ruben acabou eu já estava encharcada em lágrimas. Escrevi este texto quando tomei a decisão de não fugir do David e deixar as coisas acontecerem. Senti duas pessoas a abraçarem-me. Eram o Ruben e a Carina.

- Obrigada do fundo do coração. Vocês são os melhores amigos que alguém pode ter. – Consegui dizer, antes de abraçar duas das três pessoas mais importantes da minha vida, porém o meu olhar estava preso na terceira pessoa, o meu David.

sábado, 12 de março de 2011

28º Capitulo - "Não se preocupa não. Ela olha mas só você tem."

Olá meninas ;D

Nao vou estar em todos os capitulos a lembrar, mas já sabem, que nunca posto com menos de 15 comentários ;D

Beijinhos*

Nii'i

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- Pelo menos uma vez na vida siga seu coração. – Disse ele, interrompendo-me. Ele tinha razão. Já diz o velho ditado “quem não arrisca não petisca”.

- Tudo bem Dê, mas ninguém pode saber. Nem mesmo o Ruben.

- Se só der desse jeito, eu topo.

- Sim, só dá deste jeito.

- e agora é aquela parte em que você me beija não?

- Não.

- Então?

- É aquela parte em que TU me beijas. – Mal acabei de dizer ele beijou-me. Como eu gostava deste rapaz. Não seria um namoro, é verdade, mas eu sabia que mesmo assim ele me pertencia. Pode ser, que um dia, eu perca o meu medo e namore com ele. Se, ele nessa altura ainda me quiser.

- Sabe, você hoje me deixou muito feliz com essa atitude.

- Tu também me deixas-te muito feliz por não te importares que isto seja uma coisa só nossa.

- O que eu quero é estar com você, não com os outro. Por isso, pra mim seja ter você
do meu lado nem que para isso tenha de mentir ao meu melhor amigo.

- Pois, eu também vou mentir ao meu. – Rimo-nos, por o nosso melhor amigo ser o mesmo. – Mas, se, um dia ele souber, ele vai entender.

- Se um dia? Como assim?

- Oh David, eu não sei se algum dia vou perder este medo de ter uma ralação.

- Eu espero. Sei ser paciente.

- Como eu te adoro.

- Quer saber? Eu não adoro você. Eu te amo. – Baixei a cara, eu não lhe podia dizer o que não sentia. Eu gostava dele, mas não podia afirmar ser amor. No passado já usei essa palavra de maneira errada. Não voltarei a cometer esse erro. Para amar é preciso conhecer defeitos e qualidades, virtudes e gostos, ódios e feitios. Amar é uma palavra muito pesada, palavra que eu ainda não era capaz de a usar com o David.
Mas uma coisa eu sabia, o meu coração não me engana, e ele bate pelo David.

- Desculpa. – Acabai por dizer.

- Não fica assim não, gata. Como disse, eu sei esperar. Só quero que o diga quando sentir que é mesmo isso que sente. – Beijou-me.

- Obrigada por tudo. – Desta vez fui eu que o Beijei. – Adorava ficar aqui mas acho que é melhor entrarmos.

- Sim é melhor mesmo.

- Entra tu primeiro.

- Ok amô. – Sorri. Ele dirigiu-se para a entrada do restaurante. Quando ia a abrir a porta chamei.

- David…

- Diga.

- Não te esqueças que me pertences. – Sorrimos e ele entrou.

Esperei uns minutos e entrei também. Aí não posso, a Inês está literalmente em cima dele. Nessa altura ela levanta-se e vai em direcção é casa de banho. Passo pelo
David, e sem que ninguém se aperceba digo.

- Não te esqueças do que te disse. Escolheste-me, agora não podes ter mais ninguém.

Cuidado com essa aí do teu lado. Não gosto da maneira como ela te olha.

- Não se preocupa não. Ela olha mas só você tem. – Fiquei mais aliviada e segui para o meu lugar. Ao pé do Ruben e em frente ao David.

Quando acabei de me sentar olho para a porta do restaurante e o meu mundo parou.

sexta-feira, 11 de março de 2011

27º Capitulo - "David, eu…"

Olá meninas (;

Já sabem, 15 comentários e amanha posto ;D

Beijinho*

Nii'i

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- Não. – Tudo me caiu naquele momento. Ele não me queria beijar. Era de facto o fim.

- Porque?

- Porque a gente acabou, ou melhor, nunca começou. Tou farto de andar a brincar. Eu gosto de você garota. Entenda isso de uma vez. Tou de saco cheio deste pega e foge.

- Tens razão, mas eu não consigo. Entende-me.

- Eu bem tento mas não consigo.

- Então é melhor ficarmos afastados de vez.

- Sim, é o melhor. – Levantou-se e eu levantei-me também. – Continuação de bom aniversário.

- Obrigada. – E começou a andar em direcção ao restaurante. Se era o fim, eu tinha
de fazer isto pela última vez.

- David… - Ele olhou e eu lancei-me nos seus braços. – Se é o fim eu tenho de fazer isto para ficar como recordação. – Beijei-o. Para meu espanto ele não negou a entrada da minha língua na sua boca. Pelo contrário, entrou também com a dele na minha e iniciamos uma dança de emoção, sentimento, desejo, mas acima de tudo uma dança de saudade. Pois, ambos sabíamos que era de facto o fim.

No fim do beijo, o David seguiu para o restaurante sem nada dizer e sem nunca olhar para trás. Recompus-me e fiz o mesmo.

O Ruben percebeu que se passava algo e por isso tentou sempre por todos a rir.

Deixou-me a mim e a Xana em casa e seguiu para o treino com o David, e claro, com a querida da Inês.

Passei a tarde á conversa, com aquela que se tinha tornado na minha melhor amiga. Eu sabia que podia contar com ela e ela sabia que podia contar comigo. Quando demos conta, já devia ser muito tarde, pois o Ruben já tinha chegado.

- Então, as meninas ainda estão assim?

- Que horas são?

- Quase 7h. Vá despachem-se. – Passei por ele e dei-lhe um beijo. Segui para o quarto com a Xana e começamos a vestir a roupa que iríamos levar.

Não estava com muita vontade, mas era o meu aniversário.




Dirigimo-nos ao restaurante. Já lá estava quase toda a gente, inclusive o David com a Inês. Eu não o conseguia ver com outra.

Aproveitei que ele foi até ao jardim do restaurante e seguiu.

- Estou a ver que não perdes tempo. – Ele estava de costas e assustou-se com a minha voz.

- O que cê quer dizer com isso?

- Que vieste bem acompanhado.

- Tá falando da Inês?

- Não, do Gustavo.

- Cê só pode tar zoando com a minha cara garota. Eu ainda hoje lhe disse que gostava
de você e cê deu-me com os pés. Que quer afinal? Que ande atrás de você feito cachorro? Nem pense.

- Queria que me percebesses. – Baixei a cara. Ele aproximou-se e levantou-ma.

- E você? Quando em percebe a mim?

- Eu percebo-te mas tenho medo David.

- Medo de mim?

- Claro que não. Medo de sofrer.

- Cê não vai sofrer.

- Vou, eu sei que sim.

- Vamos tentar.

- Desculpa David, mas eu não quero namorar com ninguém neste momento.

- Quem falou em namorar garota?

- Entao que queres dizer em tentar?

- O que é que cê me diz em a gente ir ficando. Isto é, a gente não namora mas tá junto quando quiser.

- Não sei.

- Eu quero beijar você nem que seja as escondidas, quero tocar você, levar você ao céu e a ver o mundo. Não diga que não.

- David, eu…

quinta-feira, 10 de março de 2011

26º Capitulo - "Um dia vais ser capaz de deitar isso tudo para trás das costas e viver o presente sem medos."

Olá meninas (;

Peço desculpa pela demora em postar mas a altura do Carnaval foi muito complicada.

Aviso já que só volto a postar se tiver no minimo 15 comentários. Assim que tiver no minimo 15 posto logo. Só depende de vocês (;

Beijinhos :D

Nii'i

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A manhã passou-se rápido. Recebi a sms do Ru a dizer a que horas estava na escola para irmos almoçar. Faltavam 10 minutos para ele chegar. Eu e a Xana saímos da última aula e fomos para o portão esperar por eles.

- Tens a certeza que não vou incomodar no almoço? – Era pai a 1000 vez que ela me perguntava aquilo.

- Não. Já te disse que não. – E ri-me. Eu sabia que ela estava nervosa e isso metia-
me imensa piada.

- Liga ao Ruben a confirmar. – Fiz uma cara a perguntar tipo “ o quê?”. – Vá lá.

- Só ligo para não te ouvir mais. – Rimo-nos.

Tirei o telemóvel do bolso e liguei ao Ruben. Demorou a atender.

- Estou Ru?

- Não. O Manz tá dirigindo. Diga.

- Ah David. Diz-lhe que a Xana vai almoçar connosco ok? – Ouvi ele a dizer ao Ruben.

- Ele diz que não tem problema não.

- Entao até já.

- Ate já. – E desliguei.

- Satisfeita? – Perguntei virando-me para a Xana.

- Muito. – Disse sorrindo. Aquela rapariga estava semore alegre e de bom humor.

Pergunto-lhe muitas vezes onde vai buscar tanta energia, ao qual ele me responde sempre “Vivo cada momento como se fosse o último”. Realmente era uma boa maneira de pensar.

- Olha, eles chegaram. – Disse vendo o carro do Ru. Ela nem se mexeu. – Xana, logo vão estar lá mais jogadores. Anda daí. – Disse, agarrando-a no braço.

- Ok, ok eu vou. – Eu ri-me. Aquela cara metia medo. Acho que se ela tivesse um buraco onde se enfiar ela fugia por lá.

Entrei para o banco de trás e qual não é o meu espanto quando vejo lá a Inês.

- Olá Biazinha. Parabéns. – Disse ela cumprimentando-me. Era mesmo cínica. Não gostava nada dela. Ela também não gostava de mim. Pelo que o Ru me disse ela sempre foi a melhor amiga do Ruben, mas quando eu e ele nos conhecemos eu tornei-me melhor amiga dele e então por eu a ter “substituído” ela não me suportava. Mas claro, que á frente do Ruben era toda cheia de sorrisinhos.

- Obrigada Inezinha.

- Como estás pequenina? – Perguntou o Ruben.

- Normal.

- Não é todos os dias que se fazem 17 anos. – Disse ele, tentando-me alegrar.

- Uih, que emoção a minha. Nem aguento tanta alegria. – Disse de maneira sarcástica.

- É isso. Nem lhe dei os parabéns. Parabéns garota. – Disse o David nunca tirando os olhos da estrada. Ele ainda estava magoado da passagem de ano. Eu sabia porque o conhecia.

- Obrigada Dê… quer dizer, David. – Dê, o nome querido que eu lhe chamava. Ele adorava quando era eu a chamar-lhe assim. Bons tempos esses, tempos em que não namorávamos mas era como tal. Dávamo-nos mesmo muito bem. Eu sabia que ele era o meu porto seguro. Mas depois fugi. Admito e assumo toda a culpa. Al recordar-me disto caiu-me uma lágrima, mas depressa a limpei.

- Chegamos. – Disse o Ru. Estavamos num restaurante á beira da praia. Um dos meus preferidos. Só mesmo o meu melhor amigo para saber o que eu estava a precisar. Todos saíram do carro e se dirigiram para o restaurante. Eu e o Ru íamos em último. Ele pôs o braço por cima do meu ombro e começamos a caminhar.

- Eu vi a tua lágrima, á bocado. – Disse ele. Instintivamente baixei a cabeça. – Bia, hoje fazes anos. Não te lembres de coisas passadas.

- Custa Ruben.

- Eu sei. Sei que gostas dele mas os teus medos não te deixam fazer mais nada. Sei que te custa imenso estar perto dele e não lhe tocar ou beijar. Mas pensa, eu sei que -E se for tarde?

- O David ama-te. Ele sabe esperar.

- Mas eu nem falo para ele.

- Ele sabe dar-te espaço.

- Não o posso condenar a esperar por uma pessoa que não sabe se algum dia irá conseguir.

- Olha para mim. – Disse pondo-se á minha frente e levantando-me o queixo. – És a minha pequenina, a minha melhor amiga nunca vou deixar que fiques assim para sempre. Eu vou-te ajudar Bia. Prometo que te vou ajudar.

- Obrigada. Não sei se podia viver sem ti.

- Poder podias mas não era a mesma coisa. – Disse a rir-se. Só mesmo ele para me pôr a rir naquele momento.

- Olha lá mas não é por causa disso que te livras de um raspanete. Trouxeste a Inês?

- Desculpa, mas ela colou-se e não a ia mandar embora.

- Ela vai logo? – Ele não respondeu. – Ruben Filipe, ela vai logo?

- Sim.

- Porque?

- É a acompanhante do David.

- Sendo assim ok.

- Não precisas de fingir comigo. Sei que te custou ouvir isso. Vem cá meu amor. – E abraçou-me. Sim, um abraço do meu melhor amigo era tudo o que precisava naquele momento.

Entramos e o almoço correu relativamente bem. Tirando quando eu e o David nos olhávamos intensamente ou quando a Inês se atirava a ele.

- Vão comendo a sobremesa. Vou dar uma volta pela praia. Não me demoro. – Disse, levantando-me da mesa.

- Se precisares liga.

- Sim Ru.

Sai do restaurante e descalcei-me para poder sentir a areia a passar entre os meus pés. Estava um pouco de vento mas ainda era melhor assim. Sentia uma sensação de liberdade inexplicável. Sentei-me perto do mar.

Estava tão concentrada nos meus pensamentos que nem dei por alguém se sentar ao meu lado.

- Cê não parece feliz.

- Secalhar é porque não estou.

- Mas é seu aniversário.

- E? Isso não tem nada haver.

- Cê é que sabe. – Ficamos alguns minutos em silêncio, simplesmente a olhar o mar sem anda dizer. Eu tinha de lhe pedir uma coisa. Mas será que ele ia aceitar? Era normal que me dissesse que não depois do que se passou no ano novo, mas mesmo assim eu ia tentar.

- David…

- Diga.

- Posso te pedir uma coisa?! – Virei-me para ele.

- Claro. – Ele também se virou para mim.

- Beija-me. – Disse, olhando-o nos olhos.

terça-feira, 1 de março de 2011

25º Capitulo - "Não vamos estragar tudo outra vez."

- Isto quer dizer que a gente está bem? – A voz do David fez-me acordar para a realidade.

- Sim David, estamos como antes, amigos. – Notei que a expressão facial dele mudou drasticamente.

- Amigos?!

- Sim, como sempre fomos.

- E isto? O que acabou de acontecer não quer dizer nada?

- Oh David, é passagem de ano e havia muitas emoções e olha, aconteceu.

- Cê tá dizendo que não devia ter acontecido nada?

- David, nós somos amigos e vai continuar assim. Não vamos estragar tudo outra vez.

- Se é assim que cê quer…

- Sim é. – Custou-me dizer aquilo mas era o mais acertado. Eu só queria um buraco para me enfiar, custava-me imenso vê-lo assim.

- Então pessoal, não vem aproveitar a festa? – Disse o Javi chegando ao jardim. Eu e
o David já estávamos afastados.

- Sim, claro que vamos. – Disse. Ele já estava assim para o alegre e por isso não notou as nossas caras estranhas.

Sai logo do jardim, passando pelo Javi e entrando no salão.


Passaram-se um mês e duas semanas desde a passagem de ano.

O David não disse mais nada sobre aquele assunto, aliás, não disse mais nada sobre assunto algum, sim, não falamos mais desde esse dia. O Ru ainda tentou algumas vezes tocar nesse assunto, pois pelo que percebi o David tinha-lhe contado, mas como o Ru percebeu que eu não queria falar sobre esse assunto não insistiu.

Continuei a falar com o Ro, mas só mesmo como amigo. Ele percebeu que só o queria assim e ele estava disposto a dar-me isso.

Hoje, infelizmente, dia 23 de Fevereiro de 2011 faço 17 anos. Eu gosto de fazer anos, mas este ano era diferente. Eu não queria fazer nada ,mas falar com o Ru e com uma parede era a mesma coisa e combinou um jantar com os meus amigos. Desde a passagem de ano que me tenho dado bastante bem com alguns jogadores e também com algumas mulheres e/ou namoradas dos mesmo.

Assim sendo, ao jantar iam: a Elena e o Javi, o Fábio e a Andreia, o Salvio e a Magali, o Carlos e a Mónica, o Nuno e a Patrícia, o Nico e a Eliana, o Gu, a Alexandra (que não queria acreditar que ia estar com tantos jogadores), O David (infelizmente mas o Ru impôs-se), o Roberto, a Marta e a Belise, o Jara e a Coki Rojas O Maxi e a Blanca, o Luisão e a Brenda, o Ru e eu (muito infelizmente). O jantar ia ser num restaurante onde costumávamos ir todos depois dos jogos. Mais uma vez o Ru tratou de reservar o espaço. A minha família não podia vir porque era a meio da semana.

- Parabéns, minha pequenina! – Disse o Ru entrando na cozinha onde eu estava a tomar o pequeno-almoço.

- Obrigada, parvinho! – Respondi enquanto ele me dava um beijo.

- Almoças comigo hoje?

- Só contigo?

- Não, comigo, com o Javi, a Elena, eu e o David. – Disse este último nome com medo.

- Tudo bem. – Notei que ficou surpreendido com a minha resposta. Não falamos mais sobre isso, só combinamos que depois me mandaria mensagem. Peguei nas minhas coisas
e segui para a escola. Esperava-me um longo dia pela frente.

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Bia ainda nao sabia, mas ia-lhe esperar de facto um longo dia, podia era nao ser pelas melhores razões.
Ela vai ter muitas pedras no caminho, algumas bem grandes...