segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comunicado MUITO IMPORTANTE

Olá meninas (;

Decidi criar um só blog onde irei postar tudo.

O link do blog é: http://tengoelmundoenmismanos.blogspot.com/

Nao,nao acabarei com nenhuma das fic's, mas ambas passaram a ser postadas aqui, assim como tudo o resto.

Eu decidi fazer isto porque quando estas fic's terminarem eu nao tenciono deixar de escrever, e criar um blog "geral" pareceu-me o mais indicado :D

Assim sendo, apartir de hoje a fic passará a ser postada no blog geral e nao aqui.

Espero que nao desistam de ler e comentar :D

Alguma coisa já sabem nii_23@hotmail.com

Beijinhos*

Nii'i

sábado, 16 de abril de 2011

32º Capitulo - "Xabi Alonso" ( Parte II )

Olá meninas ;b

Em preimeiro lugar espero que gostem e desculpem demorar a postar ;c

Em segundo espero que gostem do novo "casal" da história (;

Em último, desculpem se o espanhol nao for o mais correcto ;/

Beijinhos*

Nii'i

---------------------




- Oh, não deve ser ele.

- É sim, eu tenho a certeza.

- Oh Xana é impressão minha ou tens uma “queda” pelo Xabi? – Disse a Qá, rindo-se de
seguida e levando-me com ela.

- Tás parva? Claro que não. – Respondeu, visivelmente com as maças do rosto num tom mais avermelhado que o natural.

- Pois tá bem, conta-me histórias que eu gosto. – Aquela Carina realmente era do
pior.

- Deixa lá a Xana em paz sim?

- Pronto, já não digo mais nada.

(Visão da Xana)

Não estava a gostar do rumo daquela conversa e a Bia percebeu e fez por para-la por ali mesmo. É verdade, que ver ali o Xabi causou uma sensação de veras estranha em mim. Sim, eu achava que ele jogava muito bem, e realmente também era muito bonito, melhor era lindo. Precisava de me afastar um bocadinhos delas para ter a certeza que não voltariam a tocar nesse assunto.

- Meninas, vou á casa de banho e já volto.

- Queres que vamos contigo?

- Não é preciso, eu depois venho ter com vocês aqui. – Elas assentiram e eu segui o meu caminho até á casa de banho.

Só agora, que fazia este percurso me apercebi da quantidade de gente famosa que se encontrava no mesmo espaço que eu, mas sinceramente nem liguei muito pois a pessoa que mais me perturbava continuava sentado numa mesa ao canto a falar com outros jogador do Real.

Cheguei á casa de banho, e por sorte estava pouca gente.

Dirigi-me aos lavatórios e retoquei cuidadosamente a maquilhagem, não que me importasse com essas coisas mas nessa noite estava realmente esquisita e apeteceu-me dar mais atenção a esse aspecto.

Depois de tudo tratado sai e fui para o mesmo local onde as tinha deixado.

Qual é o meu espanto quando lá chego e elas não estão lá, mas de repente ouço a chamarem por mim.

- Xana, estamos aqui. – Olho na direcção da voz e deparo-me com o que eu não queria.

A Bia e a Qá estavam sentadas na mesma mesa que os jogadores do real, ou seja, na mesma mesa do Xabi.

Caminho em pequeníssimas passadas naquela direcção, todo o tipo de sentimentos florescem em mim, nervos, curiosidade, admiração, vergonha, tudo possível e imaginário.

O meu olhar só encontrava um correspondente, encontrava o olhar que eu evitava, mas que estava também preso no meu.

Não sabia se havia de sorrir ou simplesmente continuar igual. As minhas pequenas mas delicadas maças do rosto encontravam-se num vermelho ainda mais vivo que o meu
Benfica, mas que, para meu grande alivio, era tapado pelas luzes coloridas e ofuscante que se encontravam sempre em contestante movimento na discoteca.

Encontravam-me a menos de 10 passos daquela mesa e podia-se constatar que animação era coisa que não faltava.

A Qá encontrava-se a rir com os restantes, enquanto a Bia falava alegremente com o Cristiano.

Como é que eu não me lembrei? Ela adorava-o, era óbio que quando pudesse iria meter conversa com ele, apesar de eu achar que entre ela e o David havia coisa. Aquele beijo no aeroporto não foi uma coisa de momentos mas sim um aglomerado de muitos momentos, que tinham de ter sido antes vividos intensamente por aquelas duas cabeças duras mas com corações moles.

Instantaneamente um sorriso se formou no meu rosto, dirigido aquele ser cujos olhos me seguiam desde aquele pequena mas grande caminhada em direcção á mesa.

O meu sorriso foi retribuído, mas nesse mesmo momento chega uma loira e senta-se no seu colo.

Sabem, quando parece que o mundo cai aos vossos pés? Pois, foi isso que me aconteceu. Não me perguntem porque, mas aconteceu.

- Boa noite. – Saudei ao chegar ao pé da mesa.

- Buenas noches. – Que burra. Com uma cambada de espanhóis ponho-me a falar português.

- Si, buenas noches.

- Olha estes são o Cristiano, o Iker Casilhas, o Sérgio Ramos, o Marcelo, o Káká, o Di Maria e o Xabi Alonso. – Disse, apontando para cada um deles. – Pessoal esta é a Xana. – Estranhei ela dizer em português, visto que ambas temos espanhol na escola.

- Bia, porque não falas espanhol? Eles são espanhóis não são portugueses. – Todos se riram mas eu não percebi.

- Chica, somos españoles, pero con un técnico portugués cree usted que nosotros no entendemos português? – Ele falou comigo, o Xabi falou comigo. Claro que, o que ele disse provocou risota geral.

- Sim, está certo.

- Senta-te rapariga. – Disse a Qá. Aquela rapariga é sempre a mesma. Ela disse isso porque o único lugar disponível era ao lado do Xabi.

Não lhe respondi e dirigi-me para o lugar disponível, entre o Xabi e o Sérgio Ramos.

Não sei como, mas quando voltei a olhar para o Xabi a loira já não estava lá.

O meu coração batia a mil, ter o Xabi ali mesmo ao meu lado era muito bom para mim mas muito mau para o meu coração.

A conversa ia animada e a Bia e o Cristiano estava a dar-se muito bem. A Qá continuava “muito alegre”, eu acho sinceramente que ela já exagerou assim para o muito na bebida.

Eu continuava calada no meu canto. Mas, claro que de vez em quando ia olhando de esquina para o Xabi que continuava tão ou mais calado do que eu.

- ¿Por qué estás tan nerviosa? – Ouvi a voz que tinha o dom de me falar directamente ao coração. Olhei para ele e visualizei um grande e rasgado sorriso na cara.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

32º Capitulo - "Xabi Alonso" ( Parte I )

Olá minhas queridas (;

Desculpem, desculpem, desculpem, desculpem e desculpem.
Sei que nao tenho postado tão regularmente como antes mas tem sido muito complicado.
Durante as férias vou tentar postar mais regularmente.

Sinto que nao estão a gostar da fic. Se quiserem que eu pare de a postar digam, e eu paro :c

Bem, deixo-vos a Primeira parte de um Capitulo.

Espero que gostem :D

Beijinhos*

Nii'i

Ps: vou passar o fim de semana fora e só volto a postar segunda :/




Quando sairmos do avião ficamos maravilhadas com as maravilhas de Espanha. Aquilo era realmente lindo e ainda só estávamos a ver a partir do aeroporto.
Chegamos ao hotel de táxi e ficamos maravilhadas novamente. Colocamos as bagagens no quarto, sim, ia ser só um. Uma cama de casal dá perfeitamente para as três.
Como já era quase hora de jantar, descemos ate ao restaurante do hotel, jantamos e voltamos a subir para nos preparar-mos para descobrirmos a noite madrilena.

- Levo este ou este? – Perguntou a Carina com um vestido em cada mão. Aquela
rapariga é sempre a mesma coisa.

- O mais curto. – Acabei por responder. Ela riu-se, pois não gostava de coisas muito curtas.

- Então vou levar o mais comprido. – Disse, deitando-me a língua de fora.
Ao fim de 2 horas estávamos as três prontas.

Carina



Alexandra



Bia



Apanhamos um táxi e seguimos para uma das mais badaladas discotecas da Capital Espanhola.

- Não acham que está aqui muita gente? Quer dizer, eu sei que é a melhor discoteca de Madrid mas mesmo assim. – Constatou a Qá.

- Sim tens razão, e … - Fui interrompida pelo som do meu telemóvel. – É o Ruben meninas.

- Despacha-o de uma vez.

- Calma Carina, nem em países diferentes deixam de embirrar um com o outro.

- Sem comentários. – Atendi a chamada.

- Olá Ru.

- Olá Bia. Olha lembras-te de ao almoço me dizeres que ias a uma discoteca em Madrid?

- Sim.

- Sempre vais á que me disses-te?

- Sim, aliás estou a porta mas parece que não vamos entrar está muita gente.

- Vais fazer o que te vou dizer. Vai até a um segurança que tenha na mão uma capa preta.

- Para quê?

- Deixa de ser curiosa e faz isso.

- Ok ok. – Virei-me para as meninas e disse. – Venham comigo. – Tive de passar a frente de toda a gente para chegar ao tal segurança. – Já cheguei e agora?

- Diz o teu nome.

- Beatriz Rodrigues. – O segurança olhou para a tal capa preta e depois abriu-nos a porta dando-nos acesso. Já dentro da discoteca disse ao Ruben.

- Mas o que é que tu fizes-te?

- Olha tenho alguns contactos e usei-os.

- Já te disse que és o melhor amigo que se pode ter?

- Já mas podes dizer.

- Sabes o que vou dizer?

- Não.

- Adeus. Tenho uma noite para aproveitar.

- Aí Bia, que parva.

- Também gosto muito de ti. – E desliguei. Ainda não tinha falado com o David e elas também ainda não tinham dito nada sobre o beijo no aeroporto. Secalhar, achavam que quando estivesse preparada falasse eu. Gosto da maneira como elas respeitam o meu espaço.

- Meninas, já viram quem está ali? - Disse a Xana quase a explodir de alegria.

- Não. Quem? – Perguntou a Qá.

- O Xabi Alonso.

domingo, 3 de abril de 2011

Comunicado { II }

Olá meninas (;




A pedido de muitas familias o blog volta a estar disponivel a todos :D

Espero que continuem a ler ;$

Em prencipio hoje nao irei conseguir postar mas amanha penso que sim *.*

Nao se esqueçam que os comentários dão ânimo a quem escreve, por isso comentem ;b

Beijinhos*

Nii'i

PS: Para quem ainda nao sabe, o meu email é: nii_23@hotmail.com

terça-feira, 29 de março de 2011

Comunicado { I }

Olá minhas queridas leitoras *.*



Vocês têm todas as razões para estar chateadas comigo :x

Eu sei que não tenho postado regularmente, mas a escola, os treinos e o piano têm ocupado todo o tempo que tenho tido.

A partir de sexta-feira irei postar mais regularmente pois os testes acabam e entramos em férias da Páscoa.

Queria pedir para não deixarem de ler por causa disto e mais uma vez peço imensa desculpa.

Depois, queria também informar que durante um tempo indefinido o blog passará a estar privado, por isso quem quiser ler que me mande o email para nii_23@hotmail.com para eu dar acesso (;

Mais uma vez desculpem meninas :c

Beijinhos*

Nii'i

domingo, 27 de março de 2011

31º Capitulo - "A ti escapa-te tudo."

Depois daquele momento eu e o David voltamos a entrar, claro que um primeiro e só depois do outro.

Quando eu entro deparo-me logo com uma cena lamentável. O Ruben e a Carina estavam de novo a discutir.

- Vocês outra vez? – Digo, chegando perto deles.

- Ele é que começou.

- Grande lata.

- Acabou. É a última vez que digo isto e estou a falar muito a sério. Ou vocês os dois param de discutir, podem não se falar mas não discutam, ou entao e deixo de falar com os dois de vez. E estou a falar muito a sério. – Eles não responderam apenas cada um seguiu o seu caminho.

Aquela festa estava sem dúvida a correr muito bem.

- Obrigada. – Disse a Xana abraçando-me.

- Obrigada de que?

- Por isto. É um sonho estar aqui com eles todos.

- Eles aqui não são jogadores, são pessoas normais que eu tenho a sorte de chamar de
amigos.

- Eu sei, e é disso que te estou a agradecer. De puder estar aqui com pessoas com tão bom coração e com uma vontade enorme de ajudar.

- Oh, não tens nada que agradecer. – Abraçamo-nos. Ela era sem dúvida alguma uma grande amiga que eu tinha feito em Lisboa.


Passaram-se duas semanas desde o meu aniversário. Eu e o David continuávamos no “vamos andando” e estávamos muito bem.

Viver na mesma casa que o Ruben e a Carina tem sido uma autêntica aventura. Passavam o tempo todo a discutir mas desde que eu fiquei um dia e tal sem falar com eles parece que aprenderam que tem se dado razoavelmente como pessoas civilizadas.

Hoje é dia 10 de Março e estamos em minha ( sim minha, o Ruben diz que a casa agora também é minha e da Carina porque vivemos lá ) a preparar a viagem que eu, a Carina e a Alexandra vamos fazer a Madrid.

- Eu acho que devemos ir sexta. – Disse a Carina.

- Por mim tudo bem.

- Por mim também.

- Saimos das aulas a 1.30 e apanhamos o avião das 15.30. Que vos parece?

- Sim. E voltamos domingo no voo das 19.45 sim?

- Sim. Sendo assim vou reservar no hotel 2 noites e 3 dias. – Dito isto a Alexandra
levantou-se e dirigiu-se para o jardim para tratar da reserva.

Mal ela acaba de sair ouço a porta da rua a abrir.

- Olá gente. – Disse o Ru entrado na sala.

- Oi. – Disse o David.

- Olá meninos. – Disse eu.

- Olá David. – Percebi que a Carina não ia dizer nada ao Ruben e olhei-a em sentido de reprovação. – E olá Ruben. – Sorri-lhe.

- Estão a tratar da viagem? – Disse o Ruben.

- Sim. Partimos sexta as 15.30 e voltamos domingo a noite. – O David não gostava muito da ideia de eu ir, mas como ele sabia que não éramos oficialmente namorados nem valia a pena reclamar.

- Tenho uma surpresa para ti. – Neste momento o Ru já encontrava sentado ao meu lado.

- Diz Ru.

- Como eu sou um melhor amigo muito fixe, que se preocupa com a melhor amiga, que a quer ver feliz, que…

- Fogo, vais dizer ou vais enrolar? – Interveio a Carina. O Ru ia responder mas olhou para mim e percebeu.

- Pronto, assim sendo, tenho 3 convites para o jogo Real Madrid – Barcelona que vai ser este sábado a noite no Santiago Barnabé. – Atirei-me literalmente par ao colo do Ruben.

- Obrigada. Mesmo muito Obrigada. Tu sabes que o meu clube é o Benfica mas sabes que gosto MUITO do Real.

- Posso acabar?

- Ainda há mais?

- Sim. Os bilhetes são VIP, logo vais ver o jogo no camarote.

- És o melhor amigo do Mundo.


Os dois dias que faltavam passaram a correr e hoje já era sexta.

- Porta-te bem miúda. – Disse-me o Ruben no aeroporto.

- Sempre. – Abracei-o. Eu agradecia todos os dias por ter um melhor amigo com ele.

Chegou a vez de me despedir do David. Como estava ali mais gente não podíamos dar nas vistas.

- Vou ter saudades tuas. – Disse eu.

- Eu também garota. Tou louco pra beijar você.

- Sabes que não pudemos.

- Deixe pra lá. Eles vão ter que saber e vão um dia.

- David… - Nada a fazer. Ele não me deixou acabar de falar beijando-me. Deixe a razão de lado e entreguei-me ao beijo. Desde que tínhamos decidido que “íamos andando” que tínhamos estado todos os dias juntos. Eu amava-o, disso não tinha dúvidas mas ainda não estava preparada para ter uma relação com alguém outra vez.

- Está-me a escapar alguma coisa? – Disse o Ruben depois de eu e o Dê terminarmos o beijo.

- A ti escapa-te tudo. – Disse a Carina, mas desta vez não se riu, ou seja, estava a falar a sério. Ela disse tão baixo que só eu consegui ouvir.

- Depois eu falo com você mano. – Respondeu o David.

Despedimo-nos mais uma vez de todos e entramos no avião. Esperava-nos um grande e emocionante fim de semana em Espanha.

sábado, 19 de março de 2011

30º Capitulo - "Quando abri fiquei completamente sem reacção." ( Parte II )

Olá minha gente :D

Queria anunciar que já nao serão precisos 15 comentários para eu postar :D

Postarei sempre que conseguir (;

Claro que, se comentarem dao-me mais animo para escrever e assim posto mais rápido, mas nao serão obrigatórios apartir de hoje :)

Beijinhos

Nii'i

----------



Devia ser o colar mais bonito que já tinha visto. Era todo em prata e tinha uma
frase escrita, dizia “ Tudo aquilo que Deus tiver unido jamais alguém poderá separar”. Emocionei-me.

- Bia, estás bem? – Perguntou o Ruben. E agora? Como ia explicar?

- Sim estou.

- Mas porque estás a chorar?

- Porque eu andava a ver este colar ao tempo e o David acertou mesmo em cheio no que eu queria. – É óbvio que eu estava a chorar pelo gesto dele. Mas como? Como é que ele sabia que nós nos íamos entender?

- Ah tudo bem. Bem, mas agora só falta a minha prenda.

- E a minha. – Disse a Carina.

- Nem pensem em começar.

- Claro que não. Toma a minha. – Disse a Carina entregando-me um envelope.

- Não, primeiro a minha. – Disse o Ruben entregando-me também um envelope. Eles ficaram um bocado constrangidos por as prendas serem as duas envelopes, ou seja serem “iguais”.

- Eu abro as duas ok? – Peguei no primeiro envelope e abri-o, tinha lá dois bilhetes de ida e volta para o Brasil com tudo pago, viagem, hotel, tudo. Parecia ser uma daquelas coisas que as agências fazem. Não me manifestei, porque antes tinha de abrir o segundo. Quando vejo o que está dentro do segundo envelope comecei-me a rir de uma maneira, que quem não me conhecesse dizia que eu era maluquinha.

- As prendas metem assim tanta piada? – Perguntou a Carina.

- Metem Káká, metem. – Era assim que eu a tratavam desde sempre. Era a única pessoa que a chamava assim. Ela detestava mas assim é que metia piada.

- Olha mas diz lá porque mete tanta piada, até estou curioso. – Disse o Fábio.

- Vocês já puderam comprovar que estes dois não se dão, certo?

- Sim. – Responderam todos menos a Káká e o Ru.

- E se eu vos dizer que eles podem não se dar bem mas têm os mesmo gostos?

- Ah?!

- Eles deram-me exactamente a mesma prenda. – E voltei-me a rir. Eu não conseguia parar de rir. Quando o pessoal ouviu o que disse riu-se comigo.

- O Quê? – Perguntaram eles os dois.

- Estás a brincar não estás?

- Não Ru, vê. – E passei-lhe os dois envelopes.

- Eu não acredito nisto.

- Deixem lá. Eu amei a vossa prenda.

- Obrigada. – Reponderam os dois ao mesmo tempo. Novamente risota geral.

O Javi foi para o seu mundo e começou a pôr músicas capazes de pôr todos a dançar.

Aproveitei que estavam todos entretidos e vim cá fora apanhar um bocadinho de ar.

Encostei-me a uma arvore e fiquei a observar a beleza do rio Tejo.

- Está pensando em quê? – Assustei-me com o David a agarrar-me por trás e a sussurrar-me ao ouvido.

- Em como a minha vida mudou desde que vim para Lisboa. – Encostei a minha cabeça no
seu peito.

- Está arrependida? – Notei um certa desilusão na sua voz.

- Claro que não tontinho. – Disse virando-me para ele. – Foi a melhor decisão da
minha vida. – Beijei-o. – Obrigada pelo presente, não podia ter sido melhor.

- Sabe a frase que está neste colar? – Disse pegando no colar. Sim, eu tinha-o colocado logo no pescoço e tencionava não o tirar mais.

- Sim, é muito bonita.

- É a nossa frase. Eu também tenho ela.

- Como assim?

- Veja. – Subiu um bocadinho a camisola e eu vi uma pulseira castanha com a mesma frase no seu pulso.



Eu toquei na pulseira dele e ele no meu colar.

- Não é de sempre…

- … mas é para sempre! – E selamos esta união com um beijo apaixonado, tendo como espectadores e testemunhas o Rio e a lua reflectida nele.

quinta-feira, 17 de março de 2011

30º Capitulo - "Quando abri fiquei completamente sem reacção." ( Parte I )

Olá meninas (;

Deixo aqui um capitulo bem grandinhos :D

Espero que gostem (;

Beijinhos

Nii'i

Ps: Em relaçao aos comentários ja bem ;b

-------------------

- Chega de lamechices. Está na altura de abrires as prendas. – Disse o Rúben.

- Já cá faltava este a estragar um momento.

- Oh miúdo tu deves ter uma panca assim para o muito grande.

- Mas…

- Mas nada. É o meu aniversário, calem-se os dois, carago. Será que nem no meu aniversário se podem comportar como pessoas civilizadas? Se for para continuarem assim prefiro que se vão os dois embora. – Eu estava mesmo triste. Seria pedir muito que a minha melhor amiga e o meu melhor amigo se dessem bem?

- Desculpa. – Disseram os dois.

- Pronto já passou, mas comportem-se. Façam isso por mim.

- Claro que sim pequenina. Se vou ter de conviver com… - Falou o Ruben olhando para a Carina. Mandei-lhe um olhar de reprovação. – Com este ser humano temos de fazer umas tréguas e darmo-nos dentro da medida do civilizado, mas que fique bem claro que é por ti. – Sorri. – Mas agora vamos lá abrir as prendas.

- Nós começamos. – Disse a Elena. – Toma. É minha e do Javi. Entegou-me uma casa. Abri e estava lá um vestido lindo.



- Oh Elena tu deves mesmo adorar ver-me de vestido. – Todos se riam. – Obrigada. É muito bonito.

- Claro que é, fui eu que escolhi. – Disse o Javi.

- Amor, se fosses tu a escolher era a coisa mais feia que existia. Desculpa, mas não tens muito bom gosto para roupa feminina. – Todos nos rimos. O Javi fingiu-se de zangado mas riu também.

- Agora somos nós. – Disse a Andreia.

- Toma pequenina. – disse o Fabio.

- Mas isso agora está a virar moda é?

- Não podes negar que és de baixa estatura. – Disse o Fabio.

- Baixa? Baixíssima estatura queres tu dizer. – O Ruben tinha de mandar alguma
piada. Levou logo na cabeça. – Aú.

- É para aprender a estares calado. – Abri a prenda e encontrei uns sapatos pretos muito elegantes e bonitos.



- São tão lindos.

- Eu não resisti e comprei uns iguais para mim. – Confessou a Andreia.

- Esta é a nossa. – Disse o Salvio. A Magali entregou-me uma saca.

- Se não gostares culpa o Ruben, ele é que disse que ias adorar. – Disse a mesma. Abri e era uma carteira da Hello kitty. Eu tinha este vicio, sim, era viciada na Hello Kitty .



- Acertaram em cheio. Eu tenho este vício. Amo esta gatinha. – Mais uma vez, o riso foi geral e eu senti as minhas bochechas a serem invadidas por uma tonalidade vermelha, sim, corei.

- Deixem a rapariga. Esta é a nossa linda. – Disse a Mónica.

- Se não gostas, eu nem sei que te faço miúda. Tive um dia, sim, um dia inteiro metido dentro de shopping para te comprar isso, sim, porque aqui a Mónica não encontrava nada “perfeito”. – Levou logo na cabeça da Mónica. Abri e vi um casaco vermelho lindo.



- Valeu a pena Carlitos, eu adoro. – Ela detestava que o chamassem de Carlitos e eu chamava-lhe sempre por isso mesmo.

- Carlitos? Muito bom mesmo. – Disse o Fábio rindo-se. Todos se juntaram a ele.

- Amanha, estás feita miúda. Só não estás hoje porque fazes anos.

- Só mesmo tu.

- A nossa é um bocadinho diferente, mas sabes que se eu sou capitão para alguma coisa é. Espero que gostes. – Quando vi o que estava dentro da saca nem queria acreditar. Uma camisola do Benfica das competições europeias assinada e com mensagens de todo o plantel.



- Sabes bem que adorei. Eu amo este clube.

- Já que estamos no Benfica, toma lá a minha miúda. – O Ru deu-me uma caixa pequena.
Um relógio do Benfica. Andava ao tempo para o comprar.



- Andava a namorar este relógio á séculos.

- Eu sei. Tens ideia de quantas vezes me falas-te dele?

- Obrigada.

- Agora é a nossa. Espero que gostes.

- Obrigada Eliana.

- De nada. Foi o Nico que escolheu se não gostares culpa-o a ele. – Uma moldura digital. Andava mesmo a precisar de uma.



- Estás safo Nico, eu adoro.

- Ainda bem que sim. Senão tinha de ouvir a Eliana.

- Toma a minha espero que gostes.

- Oh Alexandra estas muito calada.

- Hum…pois. – Eu sabia que era por estar ali o Gustavo. Ela gostava muito dele, mas não a ia denunciar. Eram umas sapatilhas lindas, ela tinha os mesmo gostos que eu.



- Adoro Xana. Obrigada.

- De nada linda.

- Bia, esta é minha, da mamã e do papá. Fui eu que escolhi. – Disse-me a pequena Belise.

- Anda cá minha linda. – Peguei nela e coloquei-a em cima da cadeira. Era uma máquina digital.



- Podes-me tirar uma?

- Claro que sim pequenina.

- O Ruben diz sempre que pequenina és tu. – Gargalhada geral.

- O Ruben não sabe o que diz. – e olhei-o pelo canto do olho. Tirei-lhe a fotografia e ela foi toda feliz ter com a Marta e o Roberto.

- Não sei se vais gostar, mas é o que eu uso e gosto muito. – Disse-me a Coki.

- Eu também gosto. – Disse o Jara, deixando a Coki envergonhada.



- Adoro. Ouvi falar muito bem dele. Obrigada aos dois.

- De nada pequenina.

- Bem, também tu agora Jara? Afinal estas de que lado?

- Nem venha com essa garota, senão nunca mais saímos daqui. Tome a nossa. – Impôs-se o Luisão. - Eu nem sei o que é. A Brenda não me disse, só disse que cê ia gostar.

- Vindo de ti até tenho medo. – Disse eu virando-me para a Brenda. Eu não acredito. Ela deu-me uma langerie. Fiquei pior que um tomate quando a abri ali ao diante de todos.



- Não fique assim. É bem bonitinha. – Olhei de relance para o David quase que o
matava com o que ele acabara de dizer.

- Vê? Até o David gostou. – Disse a Brenda.

- Digo-te, só mesmo tu para dares isto mas muito obrigada. – Acabei por dizer.

- Agora nós. – Disse a Blanca. – Eu e o Maxi já o lemos e adoramos. – Era um livro do Nicholas Sparks.



- Eu tenho quase todos os livros deste escritor e este era a minha próxima aquisição.

- Ainda bem que gostas-te.

- Agora é a minha vez. – Disse o David. Até tinha medo do que ele me pudesse dar.

- Não era preciso nada.

- Era sim. Tome. – Deu-me uma caixa. Quando abri fiquei completamente sem reacção.

segunda-feira, 14 de março de 2011

29º Capitulo - "Amo-te tanto minha melhor amiga."

Não podia ser. O que estava ela a fazer ali? Não aguentei mais e corri até ela.

Abracei-a com toda a força que tinha. Ela tinha dito que, se eu fosse mesmo embora do Porto nunca mais me iria falar, pois estava a estragar a minha vida por causa de uma pessoa que não merecia. Decidi mesmo assim vir embora, mesmo que assim fosse perder a minha melhor amiga. Nunca mais tinha falado com ela desde Junho. Passaram-se quase 8 meses sem ela, sem aquela pessoa que sempre esteve do meu lado, sem aquela que pensei que nunca me iria abandonar. Eu sei que o erro foi meu. Ela muitas vezes afundou-se comigo para eu não ir sozinha ao fundo. Desiludi-a, mas ela estava ali agora, num dos momentos em que mais falta me fazia.

- Eih, vais-me matar assim. – Deslarguei-me e olhei com mais atenção para ela. Continuava com os olhos muito azuis e com o cabelo loirinha como quando a última vez que a vi. Sorri, como eu gostava daquele sorriso.

- Que estás aqui a fazer? – Disse, enquanto as primeiras lágrimas da felicidade que sentia me invadiam os olhos sem pedirem licença.

- Já não conseguia passar sem as tuas patetices.

- Isso quer dizer exactamente o quê?

- Pedi transferência. – Agarrou-me nas mãos. – Desculpa, desculpa meu amor. Eu sei que te disse que esta amizade era para sempre e que nunca te ia abandonar, mas tu sabes como estava a minha vida na altura e eu pus o meu curso em primeiro lugar e deixei esta amizade de lado. No momento em mais precisas-te de mim eu abandonei-te, e nem sabes como todos os dias me culpo por causa disso. Quebrei a nossa promessa. – Agora, também os olhos dela pareciam infinitos mares de arrependimento. – Mas nunca mais vou cair nesse erro, nunca mais te vou deixar sozinha minha pestinha mais linda.

- Amo-te tanto minha melhor amiga.

- E eu a ti, melhor de todas.

- Só uma pergunta, como soubeste disto?

- Liguei ao pigmeu e ele disse-me. – Pois, como já sentia falta disto. A Carina e o Ruben não se davam mesmo nada bem. Não suportavam estar no mesmo espaço e das poucas vezes que os tentei juntar deu mau resultado.

- Isso quer dizer exactamente o quê?

- Quer dizer que tive de estar mais de 5 minutos a falar com aquele gajo, quer dizer que tivemos a discutir o tempo todo mas no fim falamos 2 minutos civilizadamente, mas que fique bem ciente que só o fizemos por ti, e quer também dizer que vou ficar na casa daquele pigmeu, pelo menos até arranjar sitio.

- Acho que não podia pedir melhor, os meus amigos, os meus melhores amigos e o meu am… - Acho que falei de mais.

- O teu quê?

- Nada.

- Não me mintas Beatriz Maria. – Não entendia, se eu não me chamava assim porque ela teimava em por Maria no meu nome? Era mesmo para me provocar.

- Depois falamos. Anda, quero que conheça o pessoal. – Ela sorriu e deu-me a mão.

Chegamos a mesa e eu falei. – Pessoal, esta é a Carina, a minha melhor amiga desde que nasci. Ela vivia no Porto, mas parece que nos vai fazer companhia por uns tempos.

- Pois, infelizmente. Lá vai o ar de Lisboa ficar infectado. Estava ela tão bem junto dos tripeiros, ao menos estragava-se só uma cidade.

- Ó pigmeu, vê lá que não queres ficar lesionado o resto da época.

- Sim claro. Como se uma meia leca como tu me fizesse algo. Até me fizes-te rir agora.

- Queres experimentar? – Disse a Carina tentando ir em direcção ao Ruben.

- Ó meus grandes ignorantes, eu já tinha saudades destas vossas discussões de crianças, mas hoje é o meu aniversário. Comportem-se ao menos como adolescentes podem ser? – O pessoal já se ria desde o inicio da picardia destes dois.
Eles não responderam. Sentamo-nos. Eu fiquei entre a Carina e o Ruben e em frente ao David.

O Jantar correu bem. Tive a matar saudades da Carina, se bem, que a maior parte do tempo estava mortinha de ciúmes daquela Inês a atirar-se ao David. Ele apenas sorria e mandava-me aqueles sorrisos deles.

Quando acabamos de jantar e antes de pedirmos a sobremesa o Ru levanto-se.

- Pessoal, pessoal. Quero falar um bocadinho. – Até tinha medo do que vinha aí. A minha sorte é que aquilo estava reservado para nós, e os “estranhos” não viam aquelas figurinhas. Vindo do Ruben nunca se sabe o que é. – Como todos sabem eu não conheço a Bia á muito tempo, mas conheço-a á tempo suficiente para a chamar de Melhor Amiga. Acho que, este nem é o termo adequado ao sentimento que nutro por ela. Ela é muito mais que isso, ela é como a minha irmã mais nova, aquela que eu protejo, aquela que eu quero que tenha tudo do bom e do melhor, aquela que atura o meu mau feitio, aquela que está sempre lá, sejam os momentos bons ou maus, aquela que eu sei, que acima de tudo, nunca me irá abandonar, resumindo aquela que eu amo. – Eu levantei-me e abracei-o. Sussurrei-lhe ao ouvido.

- Amo-te melhor amigo de todos.

- Oh pequenina senta-te que eu ainda não acabei.

- O quê mais?

- Senta e não reclama garota. – Disse o Dê. Ele devia saber o que se tratava. Mandei-lhe um olhar fulminante e sentei-me.

- Obrigada puto. Bem, mas continuando. No mês passado, encontrei no chão do quarto dela uma folha amachucada, peguei nela e como estava um pouco aberta comecei a ler. No fim, fiquei sem palavras. Vou passar a ler esse texto, que guardo comigo desde esse dia. – Dito isto tira uma folha do bolso e começa a ler.

“ O vento não parava e soprava com a maior das suas forças, fazendo o cabelo dela voar como a querer ser livre. No entanto, ela continuava parada, continuava presa dentro do seu próprio corpo a olhar o mar sem nenhuma palavra proferir.

Ela estava ali á mais de duas horas, precisava de pensar, e aquele era o único sitio onde ela o conseguia fazer.

Os seus olhos estavam carregados, pesados, transportando sofrimento, angústia e
medo, incertezas e indecisões. Era isso que se passava com ela e era assim que ela se sentia.

Levantou-se e começou a andar, cada passo que dava era como que um medo que para trás ficava. Ela estava decidida, tomou a decisão de esquecer o passado, viver o presente e não pensar no futuro. No entanto, depois de tudo o que se tinha passado na sua vida, depois de tudo o que sofreu e lutou, batalhou mas no fim caiu, no fim foi fraca e acabou por acontecer o mesmo que em vezes anteriores. Não aguentou e fugiu, não dos outros mas dela própria. Deixou para trás a cidade que a viu nascer, os amigos que sempre a ajudaram e a família que era o seu porto seguro. Deixou tudo para rumar á felicidade que ali não era possível. E agora, passados 7 meses ela estava numa praia na sua nova cidade, e decidiu lutar pela felicidade, e para isso acontecer ela tinha de perder o seu maior medo, o medo de amar e se deixar ser amada”.
– Quando o Ruben acabou eu já estava encharcada em lágrimas. Escrevi este texto quando tomei a decisão de não fugir do David e deixar as coisas acontecerem. Senti duas pessoas a abraçarem-me. Eram o Ruben e a Carina.

- Obrigada do fundo do coração. Vocês são os melhores amigos que alguém pode ter. – Consegui dizer, antes de abraçar duas das três pessoas mais importantes da minha vida, porém o meu olhar estava preso na terceira pessoa, o meu David.

sábado, 12 de março de 2011

28º Capitulo - "Não se preocupa não. Ela olha mas só você tem."

Olá meninas ;D

Nao vou estar em todos os capitulos a lembrar, mas já sabem, que nunca posto com menos de 15 comentários ;D

Beijinhos*

Nii'i

-------------------------

- Pelo menos uma vez na vida siga seu coração. – Disse ele, interrompendo-me. Ele tinha razão. Já diz o velho ditado “quem não arrisca não petisca”.

- Tudo bem Dê, mas ninguém pode saber. Nem mesmo o Ruben.

- Se só der desse jeito, eu topo.

- Sim, só dá deste jeito.

- e agora é aquela parte em que você me beija não?

- Não.

- Então?

- É aquela parte em que TU me beijas. – Mal acabei de dizer ele beijou-me. Como eu gostava deste rapaz. Não seria um namoro, é verdade, mas eu sabia que mesmo assim ele me pertencia. Pode ser, que um dia, eu perca o meu medo e namore com ele. Se, ele nessa altura ainda me quiser.

- Sabe, você hoje me deixou muito feliz com essa atitude.

- Tu também me deixas-te muito feliz por não te importares que isto seja uma coisa só nossa.

- O que eu quero é estar com você, não com os outro. Por isso, pra mim seja ter você
do meu lado nem que para isso tenha de mentir ao meu melhor amigo.

- Pois, eu também vou mentir ao meu. – Rimo-nos, por o nosso melhor amigo ser o mesmo. – Mas, se, um dia ele souber, ele vai entender.

- Se um dia? Como assim?

- Oh David, eu não sei se algum dia vou perder este medo de ter uma ralação.

- Eu espero. Sei ser paciente.

- Como eu te adoro.

- Quer saber? Eu não adoro você. Eu te amo. – Baixei a cara, eu não lhe podia dizer o que não sentia. Eu gostava dele, mas não podia afirmar ser amor. No passado já usei essa palavra de maneira errada. Não voltarei a cometer esse erro. Para amar é preciso conhecer defeitos e qualidades, virtudes e gostos, ódios e feitios. Amar é uma palavra muito pesada, palavra que eu ainda não era capaz de a usar com o David.
Mas uma coisa eu sabia, o meu coração não me engana, e ele bate pelo David.

- Desculpa. – Acabai por dizer.

- Não fica assim não, gata. Como disse, eu sei esperar. Só quero que o diga quando sentir que é mesmo isso que sente. – Beijou-me.

- Obrigada por tudo. – Desta vez fui eu que o Beijei. – Adorava ficar aqui mas acho que é melhor entrarmos.

- Sim é melhor mesmo.

- Entra tu primeiro.

- Ok amô. – Sorri. Ele dirigiu-se para a entrada do restaurante. Quando ia a abrir a porta chamei.

- David…

- Diga.

- Não te esqueças que me pertences. – Sorrimos e ele entrou.

Esperei uns minutos e entrei também. Aí não posso, a Inês está literalmente em cima dele. Nessa altura ela levanta-se e vai em direcção é casa de banho. Passo pelo
David, e sem que ninguém se aperceba digo.

- Não te esqueças do que te disse. Escolheste-me, agora não podes ter mais ninguém.

Cuidado com essa aí do teu lado. Não gosto da maneira como ela te olha.

- Não se preocupa não. Ela olha mas só você tem. – Fiquei mais aliviada e segui para o meu lugar. Ao pé do Ruben e em frente ao David.

Quando acabei de me sentar olho para a porta do restaurante e o meu mundo parou.

sexta-feira, 11 de março de 2011

27º Capitulo - "David, eu…"

Olá meninas (;

Já sabem, 15 comentários e amanha posto ;D

Beijinho*

Nii'i

---------

- Não. – Tudo me caiu naquele momento. Ele não me queria beijar. Era de facto o fim.

- Porque?

- Porque a gente acabou, ou melhor, nunca começou. Tou farto de andar a brincar. Eu gosto de você garota. Entenda isso de uma vez. Tou de saco cheio deste pega e foge.

- Tens razão, mas eu não consigo. Entende-me.

- Eu bem tento mas não consigo.

- Então é melhor ficarmos afastados de vez.

- Sim, é o melhor. – Levantou-se e eu levantei-me também. – Continuação de bom aniversário.

- Obrigada. – E começou a andar em direcção ao restaurante. Se era o fim, eu tinha
de fazer isto pela última vez.

- David… - Ele olhou e eu lancei-me nos seus braços. – Se é o fim eu tenho de fazer isto para ficar como recordação. – Beijei-o. Para meu espanto ele não negou a entrada da minha língua na sua boca. Pelo contrário, entrou também com a dele na minha e iniciamos uma dança de emoção, sentimento, desejo, mas acima de tudo uma dança de saudade. Pois, ambos sabíamos que era de facto o fim.

No fim do beijo, o David seguiu para o restaurante sem nada dizer e sem nunca olhar para trás. Recompus-me e fiz o mesmo.

O Ruben percebeu que se passava algo e por isso tentou sempre por todos a rir.

Deixou-me a mim e a Xana em casa e seguiu para o treino com o David, e claro, com a querida da Inês.

Passei a tarde á conversa, com aquela que se tinha tornado na minha melhor amiga. Eu sabia que podia contar com ela e ela sabia que podia contar comigo. Quando demos conta, já devia ser muito tarde, pois o Ruben já tinha chegado.

- Então, as meninas ainda estão assim?

- Que horas são?

- Quase 7h. Vá despachem-se. – Passei por ele e dei-lhe um beijo. Segui para o quarto com a Xana e começamos a vestir a roupa que iríamos levar.

Não estava com muita vontade, mas era o meu aniversário.




Dirigimo-nos ao restaurante. Já lá estava quase toda a gente, inclusive o David com a Inês. Eu não o conseguia ver com outra.

Aproveitei que ele foi até ao jardim do restaurante e seguiu.

- Estou a ver que não perdes tempo. – Ele estava de costas e assustou-se com a minha voz.

- O que cê quer dizer com isso?

- Que vieste bem acompanhado.

- Tá falando da Inês?

- Não, do Gustavo.

- Cê só pode tar zoando com a minha cara garota. Eu ainda hoje lhe disse que gostava
de você e cê deu-me com os pés. Que quer afinal? Que ande atrás de você feito cachorro? Nem pense.

- Queria que me percebesses. – Baixei a cara. Ele aproximou-se e levantou-ma.

- E você? Quando em percebe a mim?

- Eu percebo-te mas tenho medo David.

- Medo de mim?

- Claro que não. Medo de sofrer.

- Cê não vai sofrer.

- Vou, eu sei que sim.

- Vamos tentar.

- Desculpa David, mas eu não quero namorar com ninguém neste momento.

- Quem falou em namorar garota?

- Entao que queres dizer em tentar?

- O que é que cê me diz em a gente ir ficando. Isto é, a gente não namora mas tá junto quando quiser.

- Não sei.

- Eu quero beijar você nem que seja as escondidas, quero tocar você, levar você ao céu e a ver o mundo. Não diga que não.

- David, eu…

quinta-feira, 10 de março de 2011

26º Capitulo - "Um dia vais ser capaz de deitar isso tudo para trás das costas e viver o presente sem medos."

Olá meninas (;

Peço desculpa pela demora em postar mas a altura do Carnaval foi muito complicada.

Aviso já que só volto a postar se tiver no minimo 15 comentários. Assim que tiver no minimo 15 posto logo. Só depende de vocês (;

Beijinhos :D

Nii'i

--------------------------

A manhã passou-se rápido. Recebi a sms do Ru a dizer a que horas estava na escola para irmos almoçar. Faltavam 10 minutos para ele chegar. Eu e a Xana saímos da última aula e fomos para o portão esperar por eles.

- Tens a certeza que não vou incomodar no almoço? – Era pai a 1000 vez que ela me perguntava aquilo.

- Não. Já te disse que não. – E ri-me. Eu sabia que ela estava nervosa e isso metia-
me imensa piada.

- Liga ao Ruben a confirmar. – Fiz uma cara a perguntar tipo “ o quê?”. – Vá lá.

- Só ligo para não te ouvir mais. – Rimo-nos.

Tirei o telemóvel do bolso e liguei ao Ruben. Demorou a atender.

- Estou Ru?

- Não. O Manz tá dirigindo. Diga.

- Ah David. Diz-lhe que a Xana vai almoçar connosco ok? – Ouvi ele a dizer ao Ruben.

- Ele diz que não tem problema não.

- Entao até já.

- Ate já. – E desliguei.

- Satisfeita? – Perguntei virando-me para a Xana.

- Muito. – Disse sorrindo. Aquela rapariga estava semore alegre e de bom humor.

Pergunto-lhe muitas vezes onde vai buscar tanta energia, ao qual ele me responde sempre “Vivo cada momento como se fosse o último”. Realmente era uma boa maneira de pensar.

- Olha, eles chegaram. – Disse vendo o carro do Ru. Ela nem se mexeu. – Xana, logo vão estar lá mais jogadores. Anda daí. – Disse, agarrando-a no braço.

- Ok, ok eu vou. – Eu ri-me. Aquela cara metia medo. Acho que se ela tivesse um buraco onde se enfiar ela fugia por lá.

Entrei para o banco de trás e qual não é o meu espanto quando vejo lá a Inês.

- Olá Biazinha. Parabéns. – Disse ela cumprimentando-me. Era mesmo cínica. Não gostava nada dela. Ela também não gostava de mim. Pelo que o Ru me disse ela sempre foi a melhor amiga do Ruben, mas quando eu e ele nos conhecemos eu tornei-me melhor amiga dele e então por eu a ter “substituído” ela não me suportava. Mas claro, que á frente do Ruben era toda cheia de sorrisinhos.

- Obrigada Inezinha.

- Como estás pequenina? – Perguntou o Ruben.

- Normal.

- Não é todos os dias que se fazem 17 anos. – Disse ele, tentando-me alegrar.

- Uih, que emoção a minha. Nem aguento tanta alegria. – Disse de maneira sarcástica.

- É isso. Nem lhe dei os parabéns. Parabéns garota. – Disse o David nunca tirando os olhos da estrada. Ele ainda estava magoado da passagem de ano. Eu sabia porque o conhecia.

- Obrigada Dê… quer dizer, David. – Dê, o nome querido que eu lhe chamava. Ele adorava quando era eu a chamar-lhe assim. Bons tempos esses, tempos em que não namorávamos mas era como tal. Dávamo-nos mesmo muito bem. Eu sabia que ele era o meu porto seguro. Mas depois fugi. Admito e assumo toda a culpa. Al recordar-me disto caiu-me uma lágrima, mas depressa a limpei.

- Chegamos. – Disse o Ru. Estavamos num restaurante á beira da praia. Um dos meus preferidos. Só mesmo o meu melhor amigo para saber o que eu estava a precisar. Todos saíram do carro e se dirigiram para o restaurante. Eu e o Ru íamos em último. Ele pôs o braço por cima do meu ombro e começamos a caminhar.

- Eu vi a tua lágrima, á bocado. – Disse ele. Instintivamente baixei a cabeça. – Bia, hoje fazes anos. Não te lembres de coisas passadas.

- Custa Ruben.

- Eu sei. Sei que gostas dele mas os teus medos não te deixam fazer mais nada. Sei que te custa imenso estar perto dele e não lhe tocar ou beijar. Mas pensa, eu sei que -E se for tarde?

- O David ama-te. Ele sabe esperar.

- Mas eu nem falo para ele.

- Ele sabe dar-te espaço.

- Não o posso condenar a esperar por uma pessoa que não sabe se algum dia irá conseguir.

- Olha para mim. – Disse pondo-se á minha frente e levantando-me o queixo. – És a minha pequenina, a minha melhor amiga nunca vou deixar que fiques assim para sempre. Eu vou-te ajudar Bia. Prometo que te vou ajudar.

- Obrigada. Não sei se podia viver sem ti.

- Poder podias mas não era a mesma coisa. – Disse a rir-se. Só mesmo ele para me pôr a rir naquele momento.

- Olha lá mas não é por causa disso que te livras de um raspanete. Trouxeste a Inês?

- Desculpa, mas ela colou-se e não a ia mandar embora.

- Ela vai logo? – Ele não respondeu. – Ruben Filipe, ela vai logo?

- Sim.

- Porque?

- É a acompanhante do David.

- Sendo assim ok.

- Não precisas de fingir comigo. Sei que te custou ouvir isso. Vem cá meu amor. – E abraçou-me. Sim, um abraço do meu melhor amigo era tudo o que precisava naquele momento.

Entramos e o almoço correu relativamente bem. Tirando quando eu e o David nos olhávamos intensamente ou quando a Inês se atirava a ele.

- Vão comendo a sobremesa. Vou dar uma volta pela praia. Não me demoro. – Disse, levantando-me da mesa.

- Se precisares liga.

- Sim Ru.

Sai do restaurante e descalcei-me para poder sentir a areia a passar entre os meus pés. Estava um pouco de vento mas ainda era melhor assim. Sentia uma sensação de liberdade inexplicável. Sentei-me perto do mar.

Estava tão concentrada nos meus pensamentos que nem dei por alguém se sentar ao meu lado.

- Cê não parece feliz.

- Secalhar é porque não estou.

- Mas é seu aniversário.

- E? Isso não tem nada haver.

- Cê é que sabe. – Ficamos alguns minutos em silêncio, simplesmente a olhar o mar sem anda dizer. Eu tinha de lhe pedir uma coisa. Mas será que ele ia aceitar? Era normal que me dissesse que não depois do que se passou no ano novo, mas mesmo assim eu ia tentar.

- David…

- Diga.

- Posso te pedir uma coisa?! – Virei-me para ele.

- Claro. – Ele também se virou para mim.

- Beija-me. – Disse, olhando-o nos olhos.

terça-feira, 1 de março de 2011

25º Capitulo - "Não vamos estragar tudo outra vez."

- Isto quer dizer que a gente está bem? – A voz do David fez-me acordar para a realidade.

- Sim David, estamos como antes, amigos. – Notei que a expressão facial dele mudou drasticamente.

- Amigos?!

- Sim, como sempre fomos.

- E isto? O que acabou de acontecer não quer dizer nada?

- Oh David, é passagem de ano e havia muitas emoções e olha, aconteceu.

- Cê tá dizendo que não devia ter acontecido nada?

- David, nós somos amigos e vai continuar assim. Não vamos estragar tudo outra vez.

- Se é assim que cê quer…

- Sim é. – Custou-me dizer aquilo mas era o mais acertado. Eu só queria um buraco para me enfiar, custava-me imenso vê-lo assim.

- Então pessoal, não vem aproveitar a festa? – Disse o Javi chegando ao jardim. Eu e
o David já estávamos afastados.

- Sim, claro que vamos. – Disse. Ele já estava assim para o alegre e por isso não notou as nossas caras estranhas.

Sai logo do jardim, passando pelo Javi e entrando no salão.


Passaram-se um mês e duas semanas desde a passagem de ano.

O David não disse mais nada sobre aquele assunto, aliás, não disse mais nada sobre assunto algum, sim, não falamos mais desde esse dia. O Ru ainda tentou algumas vezes tocar nesse assunto, pois pelo que percebi o David tinha-lhe contado, mas como o Ru percebeu que eu não queria falar sobre esse assunto não insistiu.

Continuei a falar com o Ro, mas só mesmo como amigo. Ele percebeu que só o queria assim e ele estava disposto a dar-me isso.

Hoje, infelizmente, dia 23 de Fevereiro de 2011 faço 17 anos. Eu gosto de fazer anos, mas este ano era diferente. Eu não queria fazer nada ,mas falar com o Ru e com uma parede era a mesma coisa e combinou um jantar com os meus amigos. Desde a passagem de ano que me tenho dado bastante bem com alguns jogadores e também com algumas mulheres e/ou namoradas dos mesmo.

Assim sendo, ao jantar iam: a Elena e o Javi, o Fábio e a Andreia, o Salvio e a Magali, o Carlos e a Mónica, o Nuno e a Patrícia, o Nico e a Eliana, o Gu, a Alexandra (que não queria acreditar que ia estar com tantos jogadores), O David (infelizmente mas o Ru impôs-se), o Roberto, a Marta e a Belise, o Jara e a Coki Rojas O Maxi e a Blanca, o Luisão e a Brenda, o Ru e eu (muito infelizmente). O jantar ia ser num restaurante onde costumávamos ir todos depois dos jogos. Mais uma vez o Ru tratou de reservar o espaço. A minha família não podia vir porque era a meio da semana.

- Parabéns, minha pequenina! – Disse o Ru entrando na cozinha onde eu estava a tomar o pequeno-almoço.

- Obrigada, parvinho! – Respondi enquanto ele me dava um beijo.

- Almoças comigo hoje?

- Só contigo?

- Não, comigo, com o Javi, a Elena, eu e o David. – Disse este último nome com medo.

- Tudo bem. – Notei que ficou surpreendido com a minha resposta. Não falamos mais sobre isso, só combinamos que depois me mandaria mensagem. Peguei nas minhas coisas
e segui para a escola. Esperava-me um longo dia pela frente.

------------

Bia ainda nao sabia, mas ia-lhe esperar de facto um longo dia, podia era nao ser pelas melhores razões.
Ela vai ter muitas pedras no caminho, algumas bem grandes...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

24º Capitulo - "Ambos nos amávamos mas isto era um amor que não era possível..."

Comecei a me vestir e nem dei pelas horas passarem. O Rúben bate á porta do meu quarto:

- Bia, o Gustavo e o David já chegaram á bastante tempo. Já estamos atrasados. Ainda demoras muito?

- Não Ru, só falta uma coisinhas que já vou. – Respondi eu da casa de banho.

- Mulheres. É preciso mais que paciência. – Disse já a sair do quarto.

Sai para o quarto, coloquei o colar, peguei na carteira e sai.
Normalmente não gostava de mim mas hoje é diferente, apesar de não me achar bonita gosto muito de como estou vestida.

Roupa



cabelo



Quando cheguei á sala o David estava de costas mas o Ru e o Gu estavam de frente e ficaram parados a olhar para mim.

O Ruben deu uma chapada no braço do David.

- Que foi cara? – O Ru não lhe respondeu e ele apenas seguiu o olhar deles encontrando-me de seguida. Também ele ficou na mesma figura parva que os outros dois.

- Vocês têm noção que estão a fazer uma figura de parvos não têm? – E ri-me. O Rúben veio na minha direcção, pôs o braço á volta dos meus olhos e disse:

- Sabes qual é a tua sorte?

- Qual?

- É que vais com o David e sei que ele não vai deixar nenhum gajo se aproximar, porque se não tu não saias desta casa assim minha menina.

- Que piadinha Ruben. – Disse-lhe apertando-lhe as bochechas.

- Ele tem razão, cê tá maior gata. – Disse o Gu.

- Obrigada. Mas vamos mudar de assunto sim? – Eles começaram-se os dois a rir. O David continuava na posição inicial.

- Sim, vamos embora. Olha Bia o Gustavo vai comigo no meu carro e tu vais no carro do David ok? – Apenas acenei afirmativamente com a cabeça. Eu queria ir com ele mas eu já tinha decidido que não lhe podia mostrar nem dizer que gostava dele, melhor, que nunca deixei de gostar.

O Ru saiu com o Gu e foram para o carro. Eu ia-me a virar na direcção da porta quando o David me agarra no braço e me faz virar para ele:

- Você tá muito linda. – E deu-me um daqueles sorrisos que deixavam qualquer uma derretida. Mas eu tinha de ser forte, tinha de resistir.

- Obrigada. Tu também estás muito bem. – Virei-me e segui em direcção aquele carro que me fascinava.

A viagem foi feita entre olhares profundos. Ambos nos amávamos mas isto era um amor que não era possível e se já tinha aguentado até aqui ia aguentar o resto do caminho.

Chegamos a casa do Javi e já lá estavam muitos carros. Quando íamos a entrar o David tentou me dar a mão mas eu rejeitei.

Entremos, eu mais á frente, e a Elena quando me viu fez sinal ao Javi para baixar a música, sim, porque o Javi era sempre o DJ de serviço ainda por cima em sua própria
casa.

- Chegou a estrela da noite. – Disse ela. Eu cada vez corava mais. Olhei para o Javi e ele percebeu que era para por a música normal. As pessoas lá começaram a dançar outra vez.

- Oh Elena. Era preciso isto? – Disse eu fazendo-me de chateada.

- Não fiques assim comigo. – Não aguentei e desatei-me a rir.

- Estava a brincar contigo espanholita. – Ela riu-se comigo. Estávamos tão entretidas que nem nos apercebemos da chegada de um rapaz á nossa beira. Devia ter uns 20/21 anos.

- Olá. – Disse ele. Era muito bonito, devia ser mais ou menos da altura do Javi e até era parecido com ele.

- Olá Juan. Bia este é o Juan irmão do Javi, Juan esta é a Bia, uma grande amiga minha. – Eu também considerava a Elena uma grande amiga. A nossa amizade tinha crescido nos últimos tempos e ela devia ser das poucos pessoas que sabia quase tudo sobre mim.

- Prazer em conhecer-te. – Disse eu.

- O prazer é todo meu. – Oh meu deus. Que sorriso. Fazia-me lembrar o do David. – Estás muito bonita. – Eu corei.

- Obrigada.

- Queres vir dançar? – Eu ia responder, mas alguém antecipou-se.

- Ela não pode. – Olhei para trás de mim. Claro, tinha de ser ele.

- Olha lá, não posso porque? – Perguntei eu.

- Porque é quase meia-noite e temos de ir brindar. – Sim realmente só faltavam 5 minutos.

- Sim, tens razão. – Virei-me para o Juan e disse. – Desculpa, depois da meia-noite danço contigo. – Sorri-lhe.

- Ficas-me a dever uma dança. – Sorriu e foi ter com o Javi.

- Venha comigo. – O David dá-me a mão e leva-me para o jardim.

- O que queres? – Disse de maneira fria. Eu tinha de falar assim senão não me ia aguentar muito.

- Não fale assim comigo não. – Ia-se aproximando.

- David, diz de uma vez o que queres.

- Quer mesmo saber o que eu quero?

- Sim.

- Você pediu. – Uniu os nossos lábios de uma maneira que acho que nunca tinha unido. Tinha amor, carinho, paixão mas acima de tudo, respeito. Foi apenas um beijo de lábios, ele não forçou pois eu não lhe dei a permissão que ele queria para tal. Ele acabou com aquele que talvez fosse dos nossos melhores beijos. Afastou-se e virou-me as costas.

Lá dentro começou-se a ouvir a contagem decrescente.

- 8…7…6…5

- David?! – Ele virou-se para mim.

- 4…3…2… - Eu lacei-me para ele e beijei-o. Desta vez fui eu que tomei a iniciativa. Não lhe pedi permissão e invadi a boca dele com a minha. Ele não proibiu, pelo contrário, pôs uma mão á volta da minha cintura e a outra na minha cara acariciando-a. Eu tinha uma no pescoço dele e outra nos seus caracóis. Lembro-me de no inicio do beijo ouvir eles todos a gritarem por termos entrado no novo ano mas eu não trocava aquele momento por nada.

Nenhum de nós queria acabar com o beijo mas tinha de ser, eu tinha de respirar. Tínhamos as nossas testas encostadas uma á outra e as nossas mãos estavam no mesmo sitio.

- Feliz ano novo David. – Disse com um sorriso nos lábios.

- Feliz ano novo pequenina. – Disse com aquele sorriso que lhe era tão característico.

E assim entramos no novo ano, com o amor que nos unia, a falar, pela primeira vez mais alto que a razão.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

23º Capitulo - "Ele estava lá e mesmo a dormir era o ser mais perfeitamente perfeito que eu conhecia."

Acordei eram 8h. Bem queria ficar mais um bocadinho mas tinha deixado o telemóvel longe da cama e já estava farta de o ouvir tocar. Levantei-me e atendi sem ver quem era.

- Sim? – Disse com voz ensonada.

- Já acordas-te?

- Não Elena, tu fizes-te o favor de me acordar tu.

- Ainda bem. Daqui a 1h estou aí. Vê lá se não te atrasas sim?

- Agora é um bocadinho difícil.

- Vindo de ti já nada me espanta. – E começa-se a rir.

- Que gracinha. Estamos muito bem dispostas estamos.

- Claro que estamos. Último dia do ano. Logo á noite há festa. – Disse, entoando de forma bastante festiva a última palavra.

- Olha, não querias que me despachasse? Então, até logo, beijinhos, também gosto
muito de ti. – Ainda a ouvi a rir mas nem lhe dei tempo de responder e desliguei.

Já tinha despertado o sono e assim já não valia a pena voltar para a cama.

Dirigi-me para a casa de banho e tomei um banho. Demorei algum tempo mas nem me importei seria o meu último banho do ano.

Vou para o quarto só em toalha, uma das vantagens de ter casa de banho privativa.

Queria chegar o creme hidratante mas lembro-me que o deixei na outra casa de banho.

O Rúben ainda devia estar a dormir por isso não devia haver problema. Abri a porta do quarto e dirigi-me á casa de banho que ficava ao lado da sala. Pego no creme e ao regressar para o quarto reparo que está alguém a dormir na sala.

Pé ante pé vou lá ver sem fazer barulho. Rapidamente um sorriso se formou nos meus lábios. Ele estava lá e mesmo a dormir era o ser mais perfeitamente perfeito que eu conhecia.

Não resisti e passei-lhe a mão na cara. Ele estremece e sem querer puxa-me para ele.

As nossas bocas ficam a centímetros de distância e ele abre os olhos. Ficamos a
olhar intensamente nos olhos um do outro. Eu estava só de toalha com o creme na mão e ele só de calções. Estávamos tão “concentrados” que nem reparamos em quem tinha chegado.

- Bom dia. Está tudo bem? – Olhamos os dois ao mesmo tempo para a porta e está lá a
D. Anabela. Rapidamente nos soltamos. Eu ainda tive de segurar na toalha que me ia
cair.

- Sim tia, tudo bem. Não a vi chegar. – Disse eu, tentando aliviar a tenção.

- Pois reparei. Estavam os dois demasiados entretidos. – Diz ela para de seguida se começar a rir.

- Mas o que é que se passa? – Diz o Rúben, aparecendo na sala com cara de quem tinha mesmo acabado de acordar. – Uma pessoa já nem na própria casa e no último dia do ano pode dormir em paz.

- Oh filho, tu nem sabes o que perdes-te. Quando cheguei aqui a Bia e o David estavam, bem, digamos que próximos, bastante próximos até. – E ri-se novamente.

- O Bia porque é que estás de toalha?

- Porque secalhar tomei banho oh mocotó.

- Olha o respeitinho pirralha.

- Pirralha mas há quem goste.

- Aí há há. E um dos que gosta está ao teu lado.

- Cala a boca Mané.

- Bem a conversa está interessante mas eu tenho de me ir vestir que a Elena está quase a chegar.

- Claro, foge que é melhor. – Estava-me mesmo a passar com o Ruben.

- Oh fofinho vai arranjar namorada que é do que tu precisas. – Ele ainda disse alguma coisa, mas nem liguei. Cheguei ao quarto, espalhei o creme e vesti uma roupa quente e bonita.



Mal me acabo de vestir toca o meu telemóvel.

- Já cheguei Chica.

- Já desço.

Peguei na carteira e sai do quarto.

-Já vais? – Perguntou o Ru quando ia a passar pela sala.

- Já. A Elena já chegou.

- Já sabes, nada de ficares muito bonita sim? – Aquele macaco ainda se ria. Desta vez ia levar resposta.

- Claro que não. Já sei que depois não ias aguentar teres de ficar toda a noite a fazeres-te de meu namorado para ninguém chegar até mim. Fraquinho. – Nem lhe dei tempo de responder e sai de casa com um sorriso nos lábios.

Eu e a Elena passamos o dia todo entre compras, cabeleireiro e depilação. Cheguei a casa eram 18h. Tinha menos de 2 horas para estar completamente pronta.

O Vestido que tinha comprado eram lindo, os sapatos e a carteira também. O cabelo também estava muito bonito.

Tudo estava perfeito, será que a noite ia ser também perfeita ou ia correr para o torto?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

22º Capitulo - “Olha tudo bem David também não estávamos a falar disso.”

Olá meninas (;

Espero que gostem da nossa apresentação do blog (;
Deixem a vossa opiniao.

Sei que muita gente lê e nao comenta, ás vezes um simples "gostei" ou "nao gostei" ajuda quem escreve, só perdem 1 minuto do vosso tempo, nao custa nada sim? (;

Obrigada ;D

Beijinhos*

Nii'i

------------------------------

- Então, quem escolhes?

- Os dois.

- Como assim? – Eles olhavam para mim incrédulos.

- Eu escolho os dois como amigos. Gosto bastante dos dois. Passei coisas diferentes com cada um e não vou escolher. Quero os dois como amigos e não quero nenhum para mais que isso. – Falei de forma segura apesar de não ser aquilo que eu queria.

Nenhum deles disse mais nada.

Passou pouco mais de um mês, hoje era dia 30 de Dezembro de 2010.

Continuava a ser seguida em consultas. O Doutor Daniel ( era assim que ele se chamava ) era muito atencioso e fazia questão de se garantir pessoalmente que eu comia, levando-me algumas vezes a jantar ou a almoçar com ele.

O Ro e o Dê não insistiram mais. Naquele dia ficou tudo bem claro. Pelo que o Ru me disse o Ro andava a sair com uma rapariga que jogava voleibol lá no clube. Ainda bem para ele, assim deixava-me em paz e era feliz. Eu gostava muito dele, mas como amigo nada mais.

O Dê pelo que o Ru me ia dizendo continuava sozinho. Não é que isso em interessasse mas tudo bem. Quem é que eu quero enganar? É claro que me interessa. Mas eu tenho de seguir com a minha vida e ele com a dele.

As notas do 1º Período foram bastante boas. Tive uma média de 17.3. Por isso, quando fui passar o Natal ao Porto todos ficaram contentes e como o Ru também ficou muito contente não disse nada á minha mãe sobre as consultas da gastro.

Amanha tínhamos a festa de passagem de ano. Ia ser em casa do Javi. Eu disse ao Rúben que não ia, que era uma cena para a família benfiquista, mas ele insistiu e o Javi veio cá a casa convidar-me pessoalmente e no último treino a que assisti antes de ir para o Porto o pessoal disse para ir, lá acabei por aceitar. Só havia um pequeno problema. Tinha que se levar acompanhante.

O Rúben estava no treino mas quando chegasse ia lhe perguntar se queria ser o meu acompanhante, acho que ele já devia contar com isso.

Estava na sala a ver televisão quando ouço a porta a abrir.

- Bia? – Definitivamente o Ru tinha chegado.

- Estou na sala.

- Ah estás aqui.

- Olha anda aqui para a minha beira que quero falar contigo sobre a passagem de
ano. – Falei sem nunca tirar os olhos da televisão.

- Oi. – Estremeci a ouvir uma voz que já não ouvia desde que fui passar o Natal para o porto.

- Olá. – Mal acabo de falar o Ruben senta-se num lado e o David no outro, ficando eu
no meio dos dois.

- Então, que querias falar?

- Era para não te esqueceres que eu vou ser a tua acompanhante amannha.

- Pois, vamos ter um pequenino problema.

- Qual?

- Eu já combinei ir com o Gustavo.

- Com o Gustavo? – Olhei-lhe nos olhos.

- Sim. Ele não tinha com quem ir e perguntou-me e olha aceitei.

- Mas eu pensei que ias comigo. – E deixei de olhar e focei de novo o meu olhar na
televisão. – Bonito, agora não vou. Talvez é mesmo melhor não ir.

- Claro que vais.

- Não vou não, ou já te esqueces-te que temos de levar acompanhante. Queres que leve o meu urso é?

- Não. O David também não tem par. – Agora é que eu percebi a razão de ele e o Gustavo irem juntos, como é que eu não me lembrei disto antes.

- Sim, mas o David de certeza que quer levar outra pessoa e não uma criança.

- Eu não chamei isso para você.

- Chama-te sim, há uns tempos.

- Mas devia tar chateado senão não chamava.

- Olha tudo bem David também não estávamos a falar disso.

- Pois não. – Meteu-se o Ruben. – Então, vocês vão os dois?

- Por mim tudo bem. – Disse o David.

- Por mim também. – Rapidamente se formou um grande sorriso na cara do Rúben. Nem liguei. Estava demasiado cansada da viagem. – Olha, vou-me deitar. – Disse levantando-me.

- Já? Ainda é cedo bia.

- Sim, mas eu estou cansada e a Elena já fez o favor de me avisar que amanha me quer pronta ás 9h da manha para irmos comprar o vestido, cabeleireiro, depilação e isso tudo. Eu disse-lhe que não queria mas ela insistiu tanto que olha, aceitei.

- Não te esmeres muito. – Disse o Ruben.

- Porque? – Não estava a perceber onde ele queria chegar.

- Porque tu já és linda e aqui o cara de cu já se baba sempre que olha para ti e os ciúmes são mais que muitos quando outro gajo olha, entao imagina se te esmerares. Primeiro vai ter de andar cheio de caixas de lenços e babetes atrás dele e segundo não convêm que ele amanha ande no molho com ninguém porque temos treino no dia a seguir. – Mal acabou de falar riu-se logo e levou um chapada na cabeça do David.

- Cala a boca. Só diz besteira.

- Sim Ruben, estás bem melhor calado. – Cheguei-me perto dele e dei-lhe um beijo na cara ao qual ele retribuiu. – Boa noite.

- Boa noite tolinha. – Respondeu ele. Cheguei-me perto do David e dei-lhe um beijo na cara.

- Boa noite David. – Ele retribuiu e segredou-me ao ouvido, enquanto o Ruben estava entretido a ligar a playstation.

- Não precisa disso tudo não, já é linda assim mesmo. – Não lhe consegui responder.

Apenas sorri.

Segui para o quarto. Vesti o pijama e deitei-me. Adormeci logo, pois estava com um pressentimento que muita coisa iria acontecer no último dia do ano.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

21º Capitulo - "Desde quando não se pode pesar e medir com roupa?"

Olá (;

Queria agradecer as mais de 5000 visitas ao blog *.*

Queria tambem dizer que ás vezes um comentário faz toda a diferença, por isso fico há espera dos vossos. Deêm opinioes, ideias, coisas que gostassem de ler na fic (;

Fico á espera ;D

Beijiho*

Nii'i

------------------------
(Bia)

Eu não podia acreditar que duas das pessoas mais importantes da minha vida me estavam a virar as costas.

Eu por um lado eu sabia eles tinham razão, mas isto era uma coisa que eu já não podia controlar. É mais forte que eu. Os vómitos já saiam instantaneamente, já fazia parte de mim, já era tão essencial como respirar. Eu sabia que nunca devia ter começado mas eu pensei que podia parar quando quisesse, mas enganei-me. Isto dominou-me por completo, passando este “bicho” a dominar e controlar a minha vida. Tudo dependia dele, já não passava um dia sem o fazer. Aliás, já de há algum tempo para cá que o fazia mais que uma vez por dia. Comer? Isso também era algo que dispensava.

Algo que não me fazia falta. O que era preciso era eu ficar com um corpo lindo e se para isso tivesse de fazer alguns sacrifícios fazia.

Eu sabia que precisava de ajuda, mas tinha vergonha de a pedir. Não a podia pedir, não depois de como os tratei.

Os meus pensamentos pararam com a entrada do David e do Ro no quarto. Aqueles dois?
Juntos? A esta hora?

- O que é que vocês fazem aqui?

- Viemos falar com você.

- Então falem.

- Bia, diz a este que tu já não queres nada com ele.

- Essa conversa agora?

- A gente precisa de saber.

- Precisam de saber o quê?

- Quem você escolhe. Eu ou ele?

- Mas vocês são parvos? Eu …

- Posso? – Perguntou um doutor. Não era o meu. Este era novo, bastante novo até.
Cabelo loiro, olhos bastante azuis e aparentava ter um corpo atlético.

- Claro. – Respondi eu.

- Bom dia, eu sou o seu novo médico. Aquele que a vai passar a seguir nas consultas.

- Consultas?

- Sim, a menina vai ser seguida em gastrenterologia ou gastro, como preferir.

- Porque?

- Porque tem um problema de estômago. Era disso que vinha falar.

- Fale.

- Permita-me ser directo. – Apenas assenti com a cabeça. – Por causa da tremenda
estupidez que a menina fez tem uma bactéria no estômago que com o passar do tempo pode levar a cancro. Tem também gastrite, que, apesar de ser grave é o seu menor problema comparado com a bactéria. – O David e o Ro estavam estáticos a olhar para mim e para o médico.

- Não existe tratamento?

- Claro que existe. Para a bactéria vai tomar medicação e esperar para ver se morre, se ela continuar a operação é a única solução, mas mesmo assim ano dá 100% de certezas.

- Isso parece tudo muito fácil. Diga lá quais são os efeitos secundários disso.

- Tem razão, tem efeitos secundário sim. Vai andar muito cansada, ter pouca força e paciência.

- Todos os dias?

- Não, estes são os dias piores, aqueles em que se irá a baixo. Os outros é muito
relativo, depende como reagir o seu corpo. E por falar em corpo, pode se por de pé,
por-favor? – Nada disse apenas me levantei. – Tire a camisola por-favor. – O David olha o médico com uma cara de quem o ia matar. Eu tirei a camisola. O médico começou a auscultar-me. – Posso lhe fazer uma pergunta?

- Claro.

- Porque?

- Porque o quê?

- Porque fez o que fez? A Beatriz é uma rapariga tão bonita e elegante.

- Obrigada.

- Pode deitar-se outra vez. – Ia vestir a camisola e fazer o que ele pediu.

- Não, sem camisola. Preciso de lhe apalpar a barriga. – Deitei-me e ele começou a
fazer apalpação de barriga. Já estava assim a algum tempo até que o David fala.

- Isso aí ainda vai demorar muito tempo?

- Se tiver pressa pode ir embora Senhor David.

- Acha que eu ia deixar a minha namorada sozinha com cê? Nem pense.

- Não sabia que eram namorados.

- E não somos. – Respondi eu.

- Porque cê não quer.

- Peço desculpa interromper, mas eu estou a examinar a paciente. Se o senhor continuar a destabilizar vou ter de lhe pedir para se retirar.

- Deixa de ser grosso cara. Já me calei, pô.

- Muito Obrigada. Menina Beatriz, ia-lhe pedir que tirasse agora as calças, para podermos pesar e medir.

- Desde quando não se pode pesar e medir com roupa? – Desta vez foi o Ro que falou.

- Olhem lá, se algum dos dois diz mais uma palavras rua, entendido? – Disse eu já muito envergonhada, não só por estar em roupa interior á frente deles como por aquelas figuras deles.



- Suba para aqui por-favor. – subi para a balança. – Muito bem, vamos medir entao. –
E mediu-me. – Agora vamos tirar as medidas corporais. – Lá começou a tocar-me e a tirar as medidas. Sinceramente nem eu estava a achar muita piada, mas era médico, podia fazer o quê?

- Já está? – Perguntei eu.

- Sim, a menina mede 1.56 e pesa 54 Kg. As suas medidas nem vale falar. É uma das mulheres mais bonitas que já vi, tem um corpo perfeito. Que quer mais?

- Quero ser feliz.

- E não o é?

- Nesse momento …

- Está tudo bem aqui? – Pergunta o Rúben entrando de rompante. Ficamos todos a olhar para ele.

- Porque não havia de estar?

- Sei lá, talvez porque eu e o David chegamos atrasadíssimos ao treino, ouvimos do Mister e depois estes dois saíram do treino a meio sem avisar ninguém e no fim eu é que tive quase meia hora a ouvir do mister. – Quando o Rúben acabou de falar eu não sabia se havia de rir ou chorar, mas o riso saiu-me sem eu me controlar. – Ainda te ris?

- Oh Ru, tem piada.

- Olha lá mas o que é que estás a fazer em roupa interior á frente de um médico babado, um brazuca apaixonado e um marmelo que anda atrás de ti? – Desta vez só o Rúben se riu.

- Menina Beatriz, acho melhor deixa-los a sós. Passo já aqui para lhe dar a alta. – E saiu.

- Oh Rúben foste mesmo parvo agora.

- Não digas isso, só disse a verdade. Ele estava-se a babar para cima de ti.

- Cê tem razão, não tava gostando não. Cê já escolheu?

- Escolhes-te o que Bia?

- Esquece Ru, não ias perceber.

- É Bia, só podes escolher um. Já escolhes-te?

- Mas escolher o quê? – Insistiu o Rúben.

- Está calado. – Respondemos todos.

- Sim, já escolhi. A escolha sempre esteva á frente dos meus olhos mas eu nunca me apercebi. Fui burra.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

20º Capitulo - "Aceleramos os dois em alta velocidade em direcção ao local onde todas as decisões iriam ser tomadas."

(David)
Custou-me muito sair daquele quarto e deixa-la ali sozinha mas ela tinha de
aprender. Ela tinha de querer viver e para isso tinha ver o que ia perder. Eu senti que ela ainda sentia algo por mim, o meu problema foi não conseguir saber exactamente o que era.

- Manz, cê tá bem?

- Achas que tou bem? A minha melhor amiga está-se a matar ao poucos e eu estou bem. Claro, é mesmo possível.

- eu sei disso meu irmão, mas também sei que ela vai se aperceber do que está a fazer.

- Isso eu também sei David, o problema é que pode ser tarde de mais.
Nisto o meu celular toca.

- Diz Fábio.

- Estás com o Rúben.

- Sim.

- Vocês já viram as horas?

- Não, a gente teve com uns problemas e esquecemos as horas. Mas porque? A gente combinou algo com você?

- Comigo não, mas com o mister sim.

- Com o mister? O quê?

- O Treino seu anormal. Para ti é só correr atrás de uma bola mas para nós não, é muito mais.

- A gente se esqueceu.

- Pois, o mister é que não está assim muito contente com esses esquecimento.

- Estás a falar com eles? – Ouvi do outro lado da linha. Era o mister. Agora é que o caldo estava entornado.

- Não… Sim… Mais ou menos mister. – A atrapalhação do Fábio era notória, ele não sabia que responder.

- Dá-me isso. – Aí, agora vai doer.

- David? Rúben? Qual de vocês é?

- Estamos aqui os dois, mas sou eu que tou falando mister.

- Tem exactamente 5 minutos para estarem aqui. ENTENDIDO?

- Sim chefe, quer dizer, mister.

Não respondeu, apenas me desligou a chamada.

Eu não precisei de dizer nada ao Rúben porque o celular estava em alta voz e ele
ouviu tudo.

Fomos os dois no carro do Rúben. O meu ficou lá no hospital, sim, dissemos aquilo á Bia mas a gente combinou que quando ela tivesse a dormir ia-mos vê-la e falar melhor com o doutor.

O Rúben foi a acelerar todo o caminho e bem era preciso. Chegamos, ele estacionou e fomos correndo para dentro.

Nos banheiros já não tava ninguém, aí a gente percebeu que tava mesmo atrasado.

- Manz se despacha.

- Oh meu não tas a ver que tou a fazer por isso.

Estávamos prontos e fomos correndo para o relvado.

O Mister tava falando com eles no centro a gente foi até lá a correr. Quando o pessoal dá pela gente de começa a rir. A gente não percebe porque.

- Nunca viram seus babacas?

- Não. Um com os calções e a camisola ao contrário. Outro num pé com um chuteira e no outro com uma sapatilha. – Eu e o Rúben olhamos um para o outro e fomos a correr para o balneário. Tocamos e antes de regressar-mos fomos nos olhar ao espelho.

Quando chegamos já eles corriam. O Fábio, o Roberto, O Javi e o Roderick estavam a passar por nós nessa altura. Nós metemo-nos no meio deles para o mister não dar por nós.

- Entao meninas já estão bonitas? – Estava a perder a paciência com o Roderick. Mas decidi não responder, pra não criar confusão. Mas ele continuou. – Não falas David? Estás demasiado desgostoso por a Bia te ter trocado? – Tinha atingido o meu limite, que era bastante grande.

- O que é que cê quer? – Disse virando-me para trás obrigando-o a parar.

- Quero a Bia e tu não a deixas em paz.

- A Bia não gosta de você.

- Não? Eu não tinha tanta certeza disso.

- Pois, mas eu tenho a certeza.

- Aí sim? E como?

- Não interessa. – Não lhe ia contar do beijo, nem pensar. – E você como sabe que
ela goste de você?

- Porque ela me disse, porque ela disse que tu foste uma grande desilusão e porque
nos beijamos já mais que uma vez e ela não negou.

- Não acredito.

- Não me importo que não acredites, o que interessa é que hoje a vou pedir em namoro e tenho a certeza que ela vai aceitar.

- Isso vai ser difícil. – Desta vez respondeu o Ruben.

- Aí sim? E porque?

- Porque a Bia está internada no hospital. – O Roderick olhou para mim, eu olhei para ele e desatamos a correr. Eu sabia que ele ia ao hospital. Mas não o ia deixar ir sozinho.

- Manz? Vou levar o seu carro. Apanhe boleia depois sim?

Nem dei tempo de ele responder. Ainda ouvi o mister dizer algo mas nem liguei. Fui ao balneário, pequei na chave e fui pró carro para o Ruben. O Roderick foi para o dele. Aceleramos os dois em alta velocidade em direcção ao local onde todas as decisões iriam ser tomadas.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

19º Capitulo - "Eu não posso lutar por uma pessoa que não luta pela própria vida."

Se pudesses dizer alguma coisa ao Rúben Amorim o que dizia? Manda a tua resposta para o mail nii_23@hotmail.com até amanha a tarde.

Nao te esqueças que nesta fase ele precisa de todo o nosso apoio.

Posso Garantir-te que o Rúben irá ler todas as mensagens.

Nii'i

--------------------------------------------

- Porque me beijas-te?

- Eu? Cê queria tanto quanto eu.

- Não queria não.

- Cê não me engana não, eu bem vi como cê se entregou ao beijo. Sabe o que eu
percebi?

- O quê?

- Que você ainda gosta de mim. – Não, o David não podia saber que ainda não o tinha
esquecido.

- Estás muito enganado.

- Não tou não.

- Tás sim David. Eu já não gosto de ti.

- Sabe uma coisa? Cê pode continuar a insistir nisso mas eu sei muito bem o que se passou com este beijo. E quer saber outra coisa? Não vou desistir de você não. – E fez um daqueles sorrisos que só ele sabe fazer. Eu ia a responder, mas entretanto o Rúben entra no quarto.

- Bia? Como é que tu estás?

- Estou bem Rúben.

- O que é que o médico te disse?

- A mim nada. Acordei há bocado e ele ainda não veio aqui. – Dito isto entra o
médico no quarto.

- Bom dia menina Beatriz. Como se sente?

- Bem.

- Mas não está tudo bem consigo.

- Como assim doutor?

- A menina está com princípios de anemia. – Não, não podia ser. Outra vez não.
Passar por tudo. Eu não ia aguentar.

- Doutor, o que quer isso dizer? – Foi o Rúben que falou. Era notória a sua preocupação. Eu agradecia todos os dias por me ter cruzado com ele e por ter um melhor amigo assim.

- Bem, quer dizer que o sangue da menina Beatriz está muito fraco e pode passar a doenças bastante piores, como leucemia. – Isto não me podia estar a acontecer, não mesmo.

- Mas doutor, me diga, como isto foi acontecer? – Perguntou o David.

- Acho que a menina Beatriz é a melhor pessoa para responder a isso. Ela sabe o andou a fazer. – Nesse momento todos os olhares caíram em mim.

- Que foi?

- Fale Bia.

- Não é preciso David, eu sei muito bem o que ela andou a fazer. Eu disse-te hoje de manha e tu negas-te. Eu acreditei em ti.

- Oh Rúben não é nada disso.

- Como não Bia? Tu voltas-te ao mesmo. Admite caraças.

- EU NÃO VOLTEI AO MESMO PERCEBES-TE?

- Não, não percebi.

- Desculpem tar me metendo, mas quê que cês tão falando?

- Sabes David, aqui a Bia esteve internada ás uns tempos com anorexia e bulimia.

Esteve quase a morrer mas depois recuperou. Eu já suspeitava que ela tivesse voltado ao mesmo, mas ela negou. Como é a minha melhor amiga, acreditei nela. Pelos vistos mentiu-me. – Virando-se para mim disse. – Desiludiste-me muito Bia, não pesei que fosses capaz de me mentir. – E vai a sair do quarto.

- Onde vais?

- Vou embora. Já te disse, se queres morrer, morre sozinha. Eu não te vou ver a matares-te sem puder fazer nada .- E sai do quarto.

- Eu amanha passo aqui amanha para lhe dar alta. Continuação de boa noite.

- Obrigada. – E o médico saiu.

O David olhava para mim com uma cara … bem, nem sei explicar.

- Que foi? Nunca viste?

- Não, nunca vi uma garota estúpida que nem você. Tem pessoas que gostam de si aqui para a ajudar mas mesmo assim prefere ser burra e morrer. Tudo bem. Eu vou ter com o manz, neste momento ele precisa mais de mim. – E prepara-se para sair.

- David?

- Sim.

- E aquilo que disseste que não ias desistir de mim?

- Eu não posso lutar por uma pessoa que não luta pela própria vida. – E sai do quarto sem me olhar de novo.