segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

14º Capitulo - "Já viste o que era todos pensarem que eu e ele namoramos?"

Chegamos a um restaurante que eu não conhecia mas parecia ser muito bonito.

Durante todo o caminho não foi dita uma única palavra por parte de ninguém.
Saímos todos do carro. Eles iam á frente e eu seguia atrás. O Rúben chegou á porta e disse:

- Bia, segue-me a mim e ao David e por-favor não faças perguntas.

- Eu pensei que isto ia ser SÓ um almoço.

- E é, mas é um almoço com outra pessoa.

- Quem?

- Bia, eu acabei de te pedir para não fazeres perguntas.

- Fogo Rúben diz lá.

- Não Beatriz. – Quando ele me disse aquilo olhei para o David com olhinhos de criança.

- Não olhe assim pra mim, ele me matava se eu dissesse alguma coisa pra você.

- Olhem tasse bem. – Estava realmente irritada, era assim tão grave para eles não me disserem nada?

Eles entraram e eu segui atrás deles. Chegaram ao pé do balcão e o empregado reconheceu-os e encaminhou-nos para uma porta, eu segui-os e deparei-me com uma mesa para quatro pessoas no centro da sala. O empregado saiu e nós entramos. Não estava lá mais ninguém.

- Olha podes-me explicar o porquê de estar aqui um lugar a mais?

- Irra, que tu és mesmo chata. – Disse o Rúben.

- Chata mas tu gostas.

- Não sou o único. – Disse o Rúben forçando uma tosse em seguida.

- O que disseste?

- Aquele babaca não disse nada. Só diz besteira. – disse o David meio atrapalhado.

- Tudo bem, mas não fujam á pergunta que vos fiz.

- Pois, quanto a isso é melhor estares sentada.

- Rúben Filipe diz-me já o que se está a passar.

- Eu conto, mas vamos indo nos sentar na mesa sim? – Eu nem lhe respondi. Virei
costas e encaminhei-me para a mesa. O David sentou-se ao meu lado e o Rúben á minha frente.

-Fala. – Disse eu de maneira fria. Sinceramente, não estava a achar piada nenhuma a isto tudo. Não compreendia o porquê de tanto mistério e o porquê de estar sentada.

- Pronto, aqui vai. Lembras-te daquele conservatório de dança que tu querias muito aqui em Lisboa e que não conseguiste entrar?

- Claro que me lembro.

- Pronto, eu, quer dizer, nós conseguimos que tu entrasses. – Paralisei. Eu tinha lutado tanto para entrar naquele conservatório mas não tinha conseguido. Era uma oportunidade única, pois podia andar lá e na escola ao mesmo tempo, se bem que seria dispensada as aulas menos importantes, basicamente tinha de ir a Biologia, Físico-química, Matemática, Português e Educação Física. Era um sonho desde pequenina, formar-me em dança mas ao mesmo tempo entrar em Medicina. Mas não podia aceitar, de certeza que tinha havido cunhas da parte de eles os dois e eu não gostava disso. Se bem, que a maioria dos alunos de lá tinham entrado da mesma maneira.

- Como?

- Bem… - O Rúben estava a enrolar, eu conhecia-o, isso queria dizer que eu não ia gostar do que ia ouvir.

- Prometes que não te zangas?

- Fala.

- Eu falo mas não te esqueças de que apesar do que conseguimos está nas tuas mãos aceitar ou não.

- Rúben, já percebi. Deixa-te de coisas e vai directo ao assunto.

- Hoje de manha quando te disse que íamos mais cedo porque o mister queria falar connosco menti-te. Desculpa. Nós fomos lá ao conservatório falar com a directora. Eu disse-lhe que eras a minha melhor amiga e isso. Mas ela disse que isso não trazia benéfico nenhum, porque afinal eras “só a minha melhor amiga”, foi então que pusemos a possibilidade de tu namorares com um jogador, ela aí disse que a conversa era outra, então nós dissemos que tu namoravas com o David. Ela disse que assim já se arranjava um vaga para ti e ela vem agora almoçar connosco para te conhecer. –

Fiquei KO, como era possível? Não estava a acreditar, tudo bem que era uma óptima oportunidade mas daí a toda a gente pensar que eu namoro com o David? Não podia ser.

- Isso quer dizer que se eu aceitar toda a gente vai pensar que eu e o David andamos certo?

- Sim, isso mesmo.

- Vou ter de dizer que não. Já viste o que era todos pensarem que eu e ele namoramos? – Disse, esquecendo-me que o David estava ao meu lado.

- Cê é pobre e mal agradecida. O mal não é só pra você, também é para mim. Mas eu concordei em ajudar você, mas pelos vistos foi uma perda de tempo. Você não merece nada. Perdi o apetite meu irmão. Tou no ir. – Dito isto levantou-se. As lágrimas corriam-me pela cara abaixo. Será que fui assim tão parva?

domingo, 30 de janeiro de 2011

13º Capitulo - "Claro que quero, mas não tenho coragem."

Rapidamente ele desapareceu pela mesma porta que antes o Rúben e o Ro tinham entrado. Fiquei um bocado a interiorizar tudo e depois lá segui eu também em direcção às bancadas.

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Os dias foram passando. Eu continuava a sair com o Ro e cada vez me sentia melhor com ele. Não, ainda não tinha esquecido o David, aliás, pensava que isso nunca ia ser possível, mas também não tínhamos voltado a falar desde aquele treino. Sempre que ele ia a casa do Rúben, eu ou ia para o quarto ou ia sair. Era melhor assim.

Especulava-se muito a sua saída do Benfica e por muito que me custa-se admitir isso afectava-me bastante mas lá indirectamente eu conseguia saber através do Rúben e do Ro que ele ia ficar, pelo menos esta época.

Hoje era dia 14 de Setembro, o meu primeiro dia de aulas aqui em Lisboa. Acordei ás 7h30min com o despertador. Tentei fazer o mínimo barulho possível para não acordar o Rúben. Ter casa de banho no quarto facilitava as coisas. Tomei um banho e vesti-me.

Vesti uma roupa simples.




Depois de pronta, dirigi-me para a cozinha. Estou a preparar o pequeno-almoço quando alguém me agarra pela cintura e me dá um beijo da cara.

- Bom dia. – Disse o Rúben.

- Queres matar-me de susto? Bom dia. Que fazes acordado tão cedo?

- Que achas? Vou levar a minha melhor amiga á escola no seu primeiro dia de aulas.

- Aí não vais não.

- Aí vou sim.

- Rúben…

- Rúben nada, andei a acordar cedo para te ir levar e agora dizer que não me deixas.
Fogo.

- Pronto tudo bem. Mas diz-me lá o que vais ficar a fazer até á hora do treino?

- Olha então é assim. Vamos buscar o David, deixo-te na escola e sigo para a caixa.
O Mister quer reunir connosco antes do treino.

- Concordo com tudo, mas como tu és tão simpático vais me levar primeiro e só depois vais buscar o David sim?

- Adianta-me alguma coisa dizer que não?

- Não.

Tomamos o pequeno-almoço com calma e sempre a rir.

O Rúben lá me deixou primeiro na escola.

A escola era grande. Pelo que percebi todos na minha turma se conheciam do 10º ano, ou seja eu era a “intrusa”.

Na primeira aula a professora lá me apresentou, não falou muito de mim nem disse quem era o responsável por mim aqui em Lisboa, e ainda bem.

Dei-me bem a maior parte, se bem que haviam lá duas que pareciam que iam para uma passagem de modelos e eram umas “narizes empinados”, como dizia a minha mãe.

A minha colega de mesa chama-se Alexandra. Foi a pessoa da turma com quem me dei melhor. Ela era muito simpática, estava-se sempre a rir e dava-se bem com toda a gente menos com aquelas duas do nariz empinado. Mas tinha um grande defeito. Era fã do Rúben e do David.

Tocou para a saída. Era 1h30min e como não tinha aulas de tarde tinha dito ao Rúben que ia almoçar a casa. Estava a dirigir-me ao portão com a Xana, era assim que todos lhe chamavam, quando vejo uma grande confusão e todos a falarem uns com os outros.

- Mas o que é que se passa? É sempre assim? – Perguntei eu, rindo-me de seguida.

- Não, não costuma a ser assim.

- Xana, acho que hoje é o teu dia de sorte. – Disse o João, um rapaz da nossa turma.

- Porque?

- Porque eu vim agora do portão e adivinha quem está lá?

- Achas que tenho cara de vidente? Diz lá.

- O David Luiz e o Rúben Amorim. – Congelei. Não podia ser verdade. Eu toda contente por a stora não ter dito quem era o meu responsável em Lisboa e aqueles dois vêem me buscar a escola. É que só mesmo deles. O Rúben ia-me ouvir mas não ali, em casa.

- A sério?

- Achas que ia brincar com uma coisa destas? Eu sei que tu és a maior fã deles. Bem
meninas, eu vou á sala. Esqueci-me do casaco. Até manha.

- Até manha. - Respondemos as duas.

- Vamos? – Perguntou-me a Xana.

- Sim.

Chegamos ao portão e estavam aqueles dois encostados ao carro do Rúben virados para a escola. Realmente, mais discrição era impossível.

Eles ainda não me tinham visto, estava muita gente há minha frente. Comecei a andar na direcção do carro do Rúben. Até que a Xana me agarra no braço.

- Onde é que tu vais?

- Ter com eles.

- Porque?

- Tu queres conhece-los ou não?

- Claro que quero, mas não tenho coragem.

- Tenho eu. Segue-me.

Ela assim o fez. Quando ia a chegar perto do carro, o Rúben viu-me e deu um toque no David que ficou a olhar para mim com cara de parvo. Chegamos ao pé deles, a Xana não reagia, acho que estava paralisada.

- Olá Rúben. Olá David. – Disse eu. A Xana olhou-me como quem pergunta-se “ mas afinal o que se passa aqui?”.

- Oi.

- Olá Bia.

- Bem, esta é a Alexandra, ou melhor, Xana. Xana, estes são o David e o Rúben.

- Oi. – Responderam os dois.

- Olá. – Disse ela a medo.

- Então, o que estão aqui a fazer? – O Rúben põe o braço dele á volta da minha cintura e diz:

- Viemos te buscar para almoçares connosco.

- E se eu não quiser?

- É claro que queres.

- Não sabia que namoravas com o Rúben Amorim. – Disse a Xana. Eu e o Rúben desmanchamo-nos a rir.

- Eu não namoro com ele, este parvo aqui é o meu melhor amigo.

- Ah. Bem eu vou indo. Vemo-nos amanha Bia. Gostei de vos conhecer.

- Igualmente.

E ela afastou-se.

Entramo-nos no carro do Rúben e seguimos viagem. Como ia correr este almoço? Sim, porque eu não estava com o David há muito tempo. Eu ainda não sabia, mas ia ter uma grande surpresa neste almoço, porém não se pode dizer que era boa.

sábado, 29 de janeiro de 2011

12º Capitulo - " Ele estava-me a testar. E eu caí, que nem uma patinha."

A minha outra fic: http://fanficsomething.blogspot.com/

Nii'i

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- Pronto, tudo bem, eu falo. Mas a verdade é que eu não sei o que se passa entre nós, ou melhor, o que se passou entre nós.

- Que se passou? Como assim?

- Ro, eu já gostei muito do David, muito mesmo e por sinal ele gostou de mim e tipo,
dávamo-nos muito bem e isso ate que um dia ele me pediu em namoro e eu disse que não porque não sabia se vinha de vez para Lisboa. – Ok, isto não totalmente verdade mas não queria lembrar-me da história do Miguel. – Entao, eu voltei para o Porto e nós nunca mais falamos. Só nos voltamos a ver esta semana, quando eu voltei.

- Mas tu ainda tens um carinho especial por ele? – Neste caso não tinha de lhe mentir. Eu não tinha um carinho especial pelo David, eu gostava do David.

- Não.

- Mesmo?

- Sim Ro, mesmo.

- Ainda bem. E agora vamos almoçar?

- Vamos lá.

O Almoço correu normal, sempre brincadeira. Eu sinta-me bem com o Ro, ele era de facto um grande amigo.

Depois de almoçar fomos dar um passeio pela praia e como já era tarde, posemo-nos a caminho do Campus.

O Rúben e o David estavam a sair do carro quando nós chegamos. O Ro estacionou e saímos nos carro.

- Olá pequenina. – Disse o Rúben.

- Olá Tótó.

- Olha queres ver que a pulga já tem catarro.

- Não sejas assim parvinho.

- Não sou assim? Ainda nem deste um beijo ao teu melhor amigo. – Dirigi-me a ele e dei-lhe um GRANDE beijo na cara.

- Eih, assim também não, gosto muito da minha cara sim? – Todos nos rimos. – E olha, não está aqui mais ninguém? – concluiu o Rúben.

- Ah?

- Sim, que eu saiba o David também é gente e tu ainda não o cumprimentas-te. –

Quando chegar a casa vou matar o Rúben.

- Ah, tens razão. – Dirigi-me ao David e dei-lhe dois beijinhos.

- Olá.

- Oi.

- Tudo bem?

- Sim e com você?

- Também.

- Ainda bem entao. Manz, eu vou indo para dentro. – Ok, definitivamente o David estava a fazer o que tínhamos combinado, ou seja, estava a ser “frio” comigo.

- Espera mano, eu queria falar com o Roderick em particular. Por isso nós vamos indo a frente e depois tu vens depois, pode ser? – Ok, era desta que eu matava o Rúben.

- Tá bem.

O Roderick chegou a minha beira, elevou-me um bocadinho do chão, pondo-me á sua altura e deu-me um grande abraço seguindo de um GRANDE beijo na cara. Pousou-me no chão, olhou-me nos olhos e disse:

- No fim do treino espera por mim. Adoro-te.

Virou as costas e saiu da garagem com o Rúben. Ele estava de facto a picar com o David. Eu sabia que não lhe devia ter contado nada.

Agora, eu e o David encontrávamo-nos sozinhos na garagem. Durante algum tempo o “silêncio” era a única palavra proferida. Nem eu nem ele sabíamos o que dizer. Por fim, ele quebra essa monotonia.

- Então, correu bem o seu almocinho? – Disse de forma muito irónica.

- Correu, mas também não é da tua conta.

- Claro que não é. Agora é da conta do seu novo amiguinho.

- Tu não tens nada a ver com isso.

- Pois claro que não tenho. – Cada vez íamos ficando mais juntos.

- Nunca tives-te.

- Você deixou isso bem claro esta manha em sua casa.

- A casa não é minha, é do Rúben. – A distância entre nós era mínima.

- É tudo a mesma coisa. – As nossas bocas estavam próximas, a respiração dele ofegante. Eu já sentia o seu hálito. Fechei os olhos. Rendi-me, não lhe consegui resistir por muito que tenta-se.

- A gente se vê por aí. – Disse ele, afastando-se a rir.

Não, ele não tinha feito isto. Ele estava-me a testar. E eu caí, que nem uma patinha.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

11º Capitulo - " agora, que faço? Digo a verdade ou minto?"

Eu e o Ro nada dissemos até ao carro. Entramos e ele começou a conduzir.

- Não sabia que tu e o David já tinham tido alguma coisa.

- Ro, eu e o David não tivemos nada, simplesmente eu gostei dele e ele de mim mas não passou disso mesmo.

- Entao a tua ida repentina para o Porto não teve nada a ver com ele?

- Não. – Eu não gostava nada de mentir mas se lhe disse-se que teve tinha de lhe estar a contar toda a história e neste momento não me apetecia falar do David. –

Vamos mudar de assunto sim?

- Se tu queres, por mim tudo bem.

- Olha onde vamos almoçar?

- A um restaurante muito bom e sossegado que eu conheço.

- Por mim tudo bem.

- E então, como estão a correr as coisas no Benfica?

- Bem.

- E estás a gostar?

- Sempre gostei.

- Aí fogo, hoje ninguém pode falar contigo.

- Desculpa.

- Que se passa?

- Nada.

- Ro, o que é que o Rúben ou o David te disseram antes de eu chegar?

- Nada

- Fazes o favor de não me mentir?

- Fogo Bia.

- Fogo Bia nada. Diz lá.

- O Rúben só disse que se eu te magoasse estava lixado e eu disse para ele não se
preocupar que eu gostava muito de ti.

- Entao porque estás com essa cara?

- Não tenho outra.

- Roderick Miranda vais parar de mentir?

- Olha se queres mesmo saber, o David parece que não gostou muito quando eu disse que gostava muito de ti. Pronto, é isso.

Eu não lhe respondi e ele também não insistiu.

O resto da viagem foi feita em silêncio. Pelo que eu conhecia do Ro ele queria me perguntar alguma coisa mas não tinha coragem.

Chegamos, ele estacionou e sairmos. Ele queria continuar mas eu coloquei-me á frente dele e disse:

- Diz.

- Digo o quê?

- Aquilo que me queres dizer mas não tens coragem.

- Eu não te quero dizer nada.

- Ro, não em mintas. Fala.

- Fogo, conheces-me mesmo bem.

- Pois conheço, por isso fala.

- É assim, há uma coisa que eu te queria perguntar, mas…

- Deixa-te de mas e fala.

- Mas tens de ser sincera comigo.

- Alguma vez te menti? – Sim, tinha mentido quando disse a minha razão de ir para o Porto não foi o David, mas isso era uma mentira inocente, ele não precisava de saber.

- Que eu saiba não.

- Então pergunta.

- Promete que dizes a verdade.

- Prometo.

- Bia, eu sei que me estás a mentir em relação ao David. Diz-me a verdade. O que se passa com vocês os dois? Eu não quero ser um brinquedo Bia, eu sempre senti um carinho especial por ti. Diz-me a verdade, acho que mereço saber.

Não sabia o que lhe responder. Se por um lado lhe tinha prometido dizer a verdade, por outro lado não queria contar outra vez aquela história. Muito menos queria recordá-la. E agora, que faço? Digo a verdade ou minto?

Especial *.*

Hoje é um dia especial.

O "nosso" querido Rúben Amorim faz 26 anos e por isso quero deixar-lhe os Parabéns, que o dia lhe corra bem e que melhore depressa.

Nesta altura ele precisa de todo o nosso apoio, e nós, vamos mostrar como é a familia benfiquista.

Rúben, podes contar connosco.

Rápidas melhoras e mais uma vez PARABÈNS (;

Sorriso *.*



Tão lindo (a)



Capitão (L)



Selecçao *,*



Familia (;



Mano :b





E por fim, a dedicatória (L)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

10º Capitulo - "Ele estava-se a esticar. Aí estava estava."

(Visão David)

Cheguei a casa do Rúben pouco passava das 10h da manha. Tínhamos combinado que eu ia
lá tomar o pequeno almoço porque ele queria falar comigo.

- Oi meu irmão. – Disse eu dando-lhe um abraço.

- Oi mano. Fala mais baixo a Bia ainda está a dormir. – Mal ele disse este nome era como que se me tivessem espetado uma faca no peito. Mas a gente já tinha falado e tinha decidido que estava tudo acabado, nem sei bem o que acabou porque não havia nada.

- Tudo bem manz.

- Vamos para a cozinha. Falamos enquanto comemos.

Eu nada lhe respondi apenas segui atrás dele.

- Olha mano, eu não sei o que se passou contem. Só sei que a Bia me disse que estava tudo acabado.

- É isso meu irmão. Não há nada mais a dizer.

- Mas tu estas bem?

- Cê acha que eu tou bem? É claro que não, mas ele quis assim e assim vai ser. E se quer saber, era mesmo o melhor a se fazer.

- David, tu vais ser como ela? Fugir do que sentes?

- Ela não tá fugindo do que sente não, ela mesma me disse isso.

- Olha depois falamos. Ouvi barulho deve ser ela que acordou.

Mal o Rúben diz aquilo ela entra na cozinha. Olhei ela de cima a baixo. Aquele pijama era mesmo curtinho e fazia evidenciar todas as suas curvas. Como era linda aquela garota, mas infelizmente não era minha.

- Bom dia. – Disse o Rúben.

- Bom dia. – Respondeu ela sentando-se no seu colo.

- Oi. – Disse eu. Sinceramente só disse isto pra não parecer mal mas a minha vontade de falar era pouca ou nenhuma.

- Bia, hoje almoças connosco ok? – Perguntou-lhe o Rúben.

- Desculpa, mas não posso.

- Se é por minha causa eu posso almoçar em casa.

- Não é nada disso David, simplesmente combinei ir almoçar com uma pessoa.

- Uih, quem anda por aí? Não estou a gostar da brincadeira.

- Oh Rúben, não me venhas com ciúmes de melhor amigo. Eu vou almoçar com o Ro. – Eu
estava olhando pra baixo. Não a queria encarar pois não sabia se ia resistir. Mas
quando ela disse que ia almoçar com o Roderick eu, por instinto levantei a minha
cabeça encarando-a.

- Bia …

- Não há Bia nem meia Bia Rúben. O Roderick é meu amigo e eu vou almoçar com ele e
ponto final. Estamos entendidos?

- Tu é que sabes.

- Ainda bem. Olha vou tomar banho e me vestir. – Pegou numa maça. Deu um beijo ao
Rúben, sem nunca me encarar, seguindo assim para o quarto.

- Cê tá vendo? Eu tinha razão meu irmão.

- Olha, nem sei que te dizer. Vamos mas é jogar para tirares isso da cabeça.

Fomos então para a sala jogar. Não sei a quanto tempo lá estávamos a campainha toca.

O Rúben foi abrir e quando ele vem para a sala o Roderick vinha com ele.

- Olá David.

- Oi. – Respondi sem olhar para ele.

- Olha eu vou dizer-te uma coisa. Fazes mal á Bia e estás lixado comigo ouvis-te? –
Disse o Rúben. Eu também queria dizer aquilo mas não podia, não depois da conversa
que tivemos.

- Não stress Rúben, eu gosto muito da Bia. Muito mesmo muito. – Quando ouvi isto só
queria lhe ir á cara, mas não podia. Ele era meu companheiro e afinal ela não me era
nada.

- Bem, eu estou pronta, vamos indo Ro? – Ela chegou a sala e falou. Eu imediatamente
me virei para ela. Aliás, viramo-nos os três. Os meus olhos caíram naquele momento.

Ela estava tão linda mas tão linda. Ela tinha-se arranjado assim para ir sair com
ele, não pode ser. Admito, estava cheio de ciúmes mas nada podia fazer e isso ainda me deixava pior.

- Bem, eu nem sei o que dizer. Estás tão linda Bia. – Disse o Roderick.

- Obrigada.

- Bia, anda ali á cozinha que eu tenho de falar contigo. – Disse o Rúben encaminhando-se para a mesma.

Ficamos só eu e o Roderick. Mas não falamos, naquele momento não lhe conseguia dizer nada.

Como eles estavam a demorar segui para a cozinha, ele claro que veio atrás de mim.

Mais-valia ter ficado quieto. Quando lá cheguei ouvi o que não quis.

- Rúben, mete uma coisa na tua cabeça. Eu e o David acabou. Ou melhor nunca começou. Eu não gosto do David, sim, já gostei muito dele mas no passado. Já deixei de sentir isso há muito tempo. Ele não passa do teu melhor amigo, nem posso dizer que seja meu amigo. Por isso não o defendas e deixa-me viver a minha vida, vida essa que o David não pertence. – Custou-me tanto ouvir aquelas palavras, ainda por cima da boca dela. Ela percebeu que o Rúben lhe estava a fazer sinais e olha para trás. Ao nos ver ali, fica atrapalhada. – Bem, vou embora. Vemo-nos logo no treino Rúben.

Chegou perto do Rúben e deu-lhe um beijo. Passou por mim mas nem me encarou.

- Vamos? – Disse para o Roderick.

- Sim claro. – Dito isto pôs-lhe o braço em cima do ombro. Ele estava-se a esticar.
Aí estava estava. – Até ao treino pessoal.

Nem eu nem o Rúben respondemos.

Quando eles saíram o Rúben fala.

- Mano, não ligues ela falou de cabeça quente.

- Manz não a tente desculpar, ela tem razão acabou de vez, agora é bola pra frente.
Ela faz parte do meu passado.

- Engana-me que eu gosto. Mas não vou insistir mais. Olha vamos mas é almoçar que a minha barriga dá horas.

- Vamo lá.

Almoçamos sem nunca mais tocar naquele assunto. Jogamos mais um pouco na playstation 3 do Rúben e fomos para o Treino.

Estava morto para saber como tinha corrido aquele almoço. “Pára David, pára de pensar nela. Ela está feliz e tu também tens de estar”. – Pensava eu comigo mesmo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

9º Capitulo - "Ele não passa do teu melhor amigo."

Acordei pouco passava das 11 horas. Fui á cozinha para tomar o pequeno-almoço e estava lá o Rúben com o David. Não podia acreditar que depois do que falamos ontem ele estava aqui e ainda por cima eu estava de pijama, e era mesmo curtinho.




- Bom dia. – Disse o Rúben.

- Bom dia. – Respondi eu sentando-me no colo dele.

- Oi. – O David respondeu de forma seca, o que me custou muito. Mas eu é que tinha decidido assim, não havia volta a dar.

- Bia, hoje almoças connosco ok? – Perguntou-me o Rúben.

- Desculpa, mas não posso.

- Se é por minha causa eu posso almoçar em casa.

- Não é nada disso David, simplesmente combinei ir almoçar com uma pessoa.

- Uih, quem anda por aí? Não estou a gostar da brincadeira.

- Oh Rúben, não me venhas com ciúmes de melhor amigo. Eu vou almoçar com o Ro. – O David olhava para baixo mas quando eu disse este nome ele levantou o olhar nem ápice.

- Bia …

- Não há Bia nem meia Bia Rúben. O Roderick é meu amigo e eu vou almoçar com ele e
ponto final. Estamos entendidos?

- Tu é que sabes.

- Ainda bem. Olha vou tomar banho e me vestir. – Dito isto peguei numa maça, dei um
beijo ao Rúben e fui para o quarto.

Tomei um banho rápido e fui para o quarto me vestir. Vesti algo simples, mas claro que tinha de levar salto alto, o Ro era muito alto.




Sequei um pouco o cabelo, uma maquilhagem leve e estava quase pronta, faltava-me só por o que precisava na carteira.

O meu telemóvel deu sinal de mensagem, fui ver e era do Ro , disse que já tinha chegado. Eu disse para ele subir.

Enquanto estava no quarto a colocar tudo na carteira quando ouvi a campainha tocar.

Quando tinha tudo pronto dirigi-me para a sala.

Estava um ambiente de cortar á faca, não sabia o que se tinha passado mas secalhar era melhor nem saber.

- Bem, eu estou pronta, vamos indo Ro? – Mal falei, os três viraram-se para mim, sim três, o David ainda lá estava, devia ficar mesmo para almoçar com o Rúben.

- Bem, eu nem sei o que dizer. Estás tão linda Bia. – Disse o Ro.

- Obrigada.

- Bia, anda ali á cozinha que eu tenho de falar contigo. – Disse o Rúben encaminhando-se para a mesma.

Eu nada disse apenas o segui. Quando entrei ele fechou a porta.

- O que foi Rúben?

- Tu vais assim?

- Outra vez a merda da roupa não Rúben.

- Olha o Roderick gosta de ti.

- Já te disse para parares com as tuas paranóias, ele não gosta de mim. Somos só amigos.

- Bia, ele disse-nos agora antes de chegares. Eu disse para ele não se esticar e ele disse que não, porque gostava muito de ti e tu cada dia eras mais importante para ele.

- Como amiga.

- Sim, engana-me que eu gosto.

- Olha e o David?

- Que tem o David?

- Ele não achou muita piada.

- Rúben, mete uma coisa na tua cabeça. Eu e o David acabou. Ou melhor nunca começou. Eu não gosto do David, sim, já gostei muito dele mas no passado. Já deixei de sentir isso há muito tempo. Ele não passa do teu melhor amigo, nem posso dizer que seja meu amigo. Por isso não o defendas e deixa-me viver a minha vida, vida essa que o David não pertence. – Quando acabo de falar reparo que o Rúben passou o tempo todo a fazer-me sinais e eu olhei para trás. Oh não, o David estava ali a tinha acabado de ouvir tudo o que eu disse. Estava com uma cara que metia pena. Ao lado dele estava o Ro que tinha um grande sorriso na cara. Eu tinha de sair dali. – Bem, vou embora. Vemo-nos logo no treino Rúben.

Cheguei perto do Rúben e dei-lhe um beijo. Passei pelo David e nem o olhei.

- Vamos? – Disse para o Ro.

- Sim claro. – Dito isto pôs-me o braço em cima do ombro. – Até ao treino pessoal.

Nem um nem outro responderam.

Como iria correr o resto do dia?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

8º Capitulo - "Isto entre a gente nunca ia resultar mesmo por isso mais vale acabar já"

Entramos no carro do David sempre sem dizer uma palavra, mas sempre abraçados.

O David arrancou. Eu não sabia para onde ele me ia levar mas também não queria perguntar, não conseguia falar, naquele momento o meu coração era uma grande pedra que eu não conseguia controlar e os meus olhos uma grande nuvem carregada de água.

Eu queria parar de chorar, eu queria falar mas não conseguia.

Olhei pela janela, eu estava a reconhecer aquele lugar, estávamos a ir para um jardim, não um jardim qualquer mas sim o jardim onde o David me pediu em namoro.

Ele estacionou, saiu do carro e veio-me abrir a porta.

- Vêm. – Eu fiz o que ele pediu.

Caminhamos um pouco, sempre sem nunca falarmos, eu já não estava a aguentar mais este silêncio, não sabia o que o David pensava e muito menos o que sentia naquele momento e isso estava a deixar-me insegura e inquieta. Parei e sentei-me junto a um pequeno riacho que passava a meio do jardim. O David fez o mesmo e sentou-se ao meu
lado.

- David, desculpa isto tudo mas não estava há espera de o encontrar. – Disse eu um pouco a medo e já com poucas lágrimas nos olhos.

- Cê não tem nada que pedir desculpa não.

- Tenho sim, acho que precisamos de falar.

- Sim, também acho mas não queria pressionar você.

- Pronto eu começo entao. – Ele assentiu que sim com a cabeça. – David, eu sei que o que eu fiz não tem perdão possível, eu sei que não devia ter fugido e devia ter encarado os meus medos. Mas era mais forte do que eu, eu não te posso dizer que não gostava de ti na altura, porque eu gostava mesmo de ti. E decidi ir para o Porto para te esquecer e tirar da minha cabeça, não, o problema não é teu, nunca foi, o problema foi sempre meu. Eu não fui capaz de curar as feridas do passado e seguir em frente com a cabeça levantada há procura de um futuro melhor que o passado. Mas não consegui, fui fraca, melhor, ainda hoje sou fraca por não conseguir apagar as marcas que ele me deixou, mas a pior marca acho que nunca vou conseguir apagar, nunca vou conseguir amar e me deixar ser amada. Depois também havia muitas coisas contra nós e por muito que me custasse, que custou muito, eu tomei a minha decisão. David, - agarrei-lhe na mão. As lágrimas há muito que invadiam os meus olhos sem pedir autorização. – Tu mereces alguém que te ame de verdade e alguém que te faça feliz. E esse alguém não sou eu. Desculpa.

Levantei-me e saí dali. O David não se mexeu e deixou-se estar no mesmo sítio. Olhei para trás uma última vez e depois segui até cada do Ruben.

- Bia? Estás bem? Passou-se alguma coisa? – O Rúben bombardeou-me com perguntas mal cheguei a casa.

-Calma Rúben, eu estou bem.

- Porque foste embora?

- O Miguel apareceu.

- Eu mato aquele gajo, juro que sim.

- Rúben, está tudo bem . Desculpa.

- Desculpa de quê?

- Não vou poder cumprir a promessa que te fiz, tive até agora com o David e foi mesmo fim de tudo, o fim se algo que nem tinha começado.

- Explica lá isso Bia.

- Rúben, não há nada para explicar, simplesmente eu e o David não vai dar. Nunca mais.

- Sabes bem que não concordo, mas és a minha melhor amiga e eu respeito a tua decisão.

Na disse nada, apenas o abracei. Como eu gostava daquele abraço, era um abraço sincero e genuíno, um abraço que me fazia sentir segura.

Fui para o quarto e pus o telemóvel a carregar. Não me tinha apercebi mas tinha ficado sem bateria. Quando ele ligou vi que tinha 3 mensagens. Comecei a lê-las.

“De: Ro (a)
Olá Bia. Gostei mesmo de te ver hoje. Já tinha saudades tuas. Amanha aceitas almoçar comigo? Beijinho Roderick”


Eu não sabia se devia aceitar, mas tinha de esquecer o David e entao decidi aceitar.

“Para: Ro (a)
Olá. Sim aceito. Passa aqui em casa do Rúben ás 12:30. Beijinho Bia.”


Abri a segunda mensagem.

“De: David
Oi. Cê foi assim embora sem em deixar falar. Mas tudo bem. Cê tem razão, isto entre a gente nunca ia resultar mesmo por isso mais vale acabar já. Desculpe o tempo que perdeu comigo. Adeus. David”


Ele tinha sido mesmo frio mas ele disse apenas a verdade e o disse o que eu merecia ouvir.

“Para: David
Tens razão. Adeus. Bia”


Custou-me muito mandar esta mensagem mas era mesmo o melhor a fazer.

Abri por fim a última mensagem

“De: Número Desconhecido
Boa Noite. Daqui fala Barbara Matos da agência “Live for Modle’s”. Era para a informar que depois de amanha tem uma sessão fotográfica, no estádio da Luz ás 15h. Aguardamos confirmação.”


Gravei o número e respondi.

“Para: Live por Modle’s
Boa noite. A minha presença está confirmada. Obrigada”


Já há muito tempo que não recebia nenhum trabalho desta agência.

Vesti o pijama e deitei-me. Amanha iria ser um longo dia.

domingo, 23 de janeiro de 2011

7º Capitulo - "David não vale a pena"

Olá queridas leitoras (;

Tenho notado um decréscimo nas visitas e comentários á fic, gostaria de saber a razão... A fic nao vos está a motivar? Ela desiludiu-vos? Voçês acham que nao tem piada e é sempre a mesma coisa?

A única coisa que vos peço é que sejam totalmente sinceras comigo e digam mesmo o que acham que está mal para eu poder alterar e modificar. Se queriserem que pare com a fic é só voçes dizerem e eu paro, por muito que isso me custe.

Fico há espera das vossas opiniões.

Beijinhos*

Nii'i

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Nenhum dos três disse uma única palavra durante a viagem. Eu ia a olhar pela janela.
Já tinha parado de chorar algum tempo. Agora, estava a pensar na vida, mais propriamente no verbo amar.
Não posso amar, não posso esconder, então o que fazer? Amo e escondo ou sofro e calo? A dúvida domina-me por completo. É isto que é o amor, um sentimento sem explicação, um sentimento que só deixa dúvida, um sentimento que quando chega muda tudo, um sentimento incapaz de responder, enfim, um sentimento que só sabe perguntar e questionar. Um sentimento que eu não quero sentir.

- Bia, estás-me a ouvir? Bia? – O Rúben despertou-me dos meus pensamentos.

- Ah … Sim, desculpa. Diz.

- Não sei se já reparas-te, mas já chegamos ao estádio. Eu e o David temos de ir lá dentro. Ficas aqui ou vens connosco?

- Achas que dá para ir? Não me apetecia ficar sozinha depois do que se passou de tarde.

- Ah pois é, já não me lembrava. Claro que vens connosco. Reparei que o David olhou para nós como uma cara de confuso.

Saímos do carro e entramos no estádio. Fomos por entre corredores e chegamos a uma porta que dizia Administração. Eles entraram e eu entrei atrás deles.

- Boa Tarde meninos. Precisam de alguma coisa? – Disse uma senhora que se encontrava dentro da sala.

- Boa tarde. Nós viemos só entregar estes papeis que o mister mandou.

- Ah sim, eu estava á espera deles. Muito obrigada.

- De nada.

Despediram-se da senhora e viemos de volta para o carro.

- Rúben, vamos jantar. Eu estou cheia de fome.

- Deve ser das poucas vezes que te ouço a dizer isso pequenina.

Continuamos a conversar durante mais algum tempo, o David nada dizia. No fim acabamos por ir ao Colombo jantar, infelizmente o David também tinha de vir por causa do carro.

Quando chegamos o Rúben foi a casa de banho, o David foi sentar-se numa mesa e eu fui buscar o jantar para todos. Estava eu na fila do Mac quando alguém se vira para mim e diz:

- Olha quem é ela. Por aqui? – Não, não podia ser. O Miguel não podia estar ali, eu pensei que em Lisboa estava longe dele, mas enganei-me nem ali eu me via livre dele.

- O que é que tu queres? – Perguntei de uma forma seca. A minha voz custou-me a sair, não conseguia pensar, deixei de ter chão naquele momento, tudo se desmoronou.

- Tu sabes bem o que eu quero. Quero-te a ti meu amor.

- Tu não voltes a chamar-me isso. Estou-te a avisar, percebes-te? – Não o deixei acabar de falar, virei costas com o sentido de me ir embora mas ele agarrou-me no braço.

- Onde pensas que vais?

- Para bem longe de ti. Larga-me.

- Cê não ouviu ela? – Era ele. O David estava lá, aliás, como sempre esteve.

- Mas quem é que tu pensas que és para te meteres?

- Sou amigo dela. Por isso larga ela já.

- Tu não me dás ordens ouvis-te? Jogador de meia tigela.

Consegui largar-me do Miguel. O David estava a ir na direcção dele. Abracei-me a ele e não o deixei continuar.

- David não vale a pena. Tira-me só daqui por-favor. – Pedi eu já com os olhos cheios de lágrimas. Ele nada respondeu, apenas me abraçou ainda com mais força e me levou dali para fora.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

6º Capitulo - "Por vezes, amar não quer dizer ter..."

Olá meninas (;

Queria apenas relembrar-vos da minha outra fic, chamada "Something". Podem lê-la através deste link http://fanficsomething.blogspot.com/.

Otra coisa é os comentários, meninas digam a vossa opinão, se nao gostaram do capitulo digam e apontem tambem as razoes desse desagrado. Preciso de saber a vossa opiniao.

Obrigada

Beijinho*

Nii'i

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- Tamos interrompendo alguma coisa? - Rapidamente nos afastamos e vimos o Rúben e o David perto de nós. Eu não sei como as coisas chegaram a este ponto, eu não gostava do Roderick, sim, era um amigo, um grande amigo mas nada mais que isso. O meu coração já está ocupado há algum tempo.

Olhei para o Rúben, eu sabia que ele me estava a condenar com os olhos mas eu não tive culpa, eu não forcei aquela situação. Eu tinha de falar, não podíamos continuar assim os quatro em silêncio durante muito mais tempo.

- Não, claro que não estão a interromper nada. O Ro estava só contente por eu ter voltado. - Eu tratava o Roderick por Ro.

- Sim, era só isso. Bem pessoal foi um treino puxado e eu tenho de ir descansar. -
Respondeu o Ró, virando-se para mim disse. - Um dia destes ligo-te e combinamos alguma coisa para matar as saudades que dizes?

- Claro Ro, fico entao á espera.

- Bem assim sendo, gostei mesmo muito de te voltar a ver Bia. Até manhã pessoal.

- Até manhã. - Só o Ruben é que respondeu. O David continuava calado a olhar para mim.

- Bem, vamos embora? - Disse eu tentando pôr o ambiente menos pesado.

- Vamos. Olha Bia nós antes temos de ir ao estádio. Não te importas de vir connosco?

- Claro que não Ruben.

- Vamos mano? - Dizia o Rúben dando uma cotovelada no David.

- Vamo sim manz.

O David dirigiu-se para o carro assim como eu e o Rúben. Entramos e o David acelerou.

Á saída do campus estavam lá umas fãs, e como é hábito o David lá parou o carro junto delas, abrindo assim os dois vidros da frente, para o Rúben também poder falar com elas. Nesse momento agradeci tanto por os vidro de trás do David serem fumados, assim elas não me viam.

- David, podes-me dar um autógrafo? – Dizia uma fã.

- Claro que sim.

- DAVID EU AMO-TE. – Gritava outra ao lado dela. – QUERES NAMORAR COMIGO? – Aquela gente não se toca mesmo. Como era possível dizer isso de uma pessoa que não conhece.

Eu não era capaz disso. Tudo bem que elas fossem fãs, eu antes de os conhecer também era fã do David e do Rúben mas nunca na minha vida ia-me virar para eles e dizer isso, quer, não sem os conhecer verdadeiramente.

- Posha, vou ter de dizer que não. O meu coração já tem dono. – Dito isto olhou-me pelo espelho. Mas não sorriu, David olhou-me com tristeza.

- Que sorte que ela tem David, em ter uma pessoa como tu ao seu lado. – Agora era outra fã que se tinha metido na conversa.

- Eu não disse que tava com ela não. Só disse que já tinha dono.

- Isso quer dizer que não namoras? – Insistia a mesma fã.

- Sim, não namoro não. Tou solteiro e vou continuar assim. – David olhava-me de novo pelo espelho e continuou. – Por vezes, amar não quer dizer ter, por vezes amamos alguém e não somos correspondidos ou entao essa pessoa é demasiado cobarde e prefere fugir do que responder a algumas perguntas, mesmo que a resposta seja um claro não. –
O David estava mesmo a referir-se a mim, por causa se não lhe ter respondido quando me tinha pedido em namoro e por ter fugido para o Porto. Sem me aperceber foram-me escapando algumas lágrimas. O Rúben olhou para trás e reparou.

- Bem meninas, agora nós temos de ir. – Disse o Rúben.

- Sim, é melhor mesmo. – Completou o David.

Despediram-se das fãs e o David conduziu em direcção ao estádio.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

5º Capitulo - "Será que eu o queria beijar como ele a mim?"

Mal eu falei o David deu um salto da cadeira pondo-se de uma vez só de pé, muito lentamente rodou o seu corpo ficando de frente para mim. Esfregou os olhos não sei quantas vezes, devia estar a pensar que estava a alucinar ou assim. Eu ri-me.

- É mesmo você ou eu tou imaginando coisas?

- Sim David, sou mesmo eu.

- Mas cê não tava no Porto?

- Estava, mas vim ontem para baixo.

- E quando volta?

- Não sei, mas mesmo que vá outra vez lá em cima volto antes do dia 13 de Setembro que é quando começam as aulas.

- Não tou entendendo .

- Eu venho estudar para Lisboa. Eu vou ficar a morar em casa do Rúben.

- Desculpem interromper mas será que vocês se podem sentar e falam sentados? É que a comida está a ficar fria e eu estou com fome. – Disse o Rúben.

Passei pelo David, dei-lhe um beijo ao de leve na face e sentei-me. O David fez o mesmo. Eu estava ao lado do Rúben e em frente ao David.

- Por que é que você não me disse que ela ia voltar?

- Oh David, ela pediu-me para não te dizer nada.

- Mas cê me devia ter dito.

- Nao devia nada David, eu pedi ao Rúben para nao contar além disso nao percebo porque tinhas de saber.

Eu sabia que tinha sido bruta mas era preciso. O Rúben olhou-me com uns olhos mas eu nem liguei.

O resto do almoço correu calmente sem nunca mais tocar naquele assunto.

No fim, passamos por casa do Rúben para ele deixar lá o carro dele e fomos os 3 no carro do David para a Caixa Futebol Campus.

Quando chegamos o David estacionou na garagem e saimos do carro.

- Bia, eu vou indo com o David para dentro e tu vais para a bancada sim?

- Sim chefe.

- E olha, no fim do treino esperas naquela sala que tu já sabes.

- Nao Rúben, pouca gente sabe que voltei. Eu espero aqui na garagem.

- Tu é que sabes Inês.

Despedi-me do Rúben e fui em direcçao ás bancadas.

O treino decorreu normalmente. Estavam bastantes adeptos nas bancadas. No fim fui ter a garagem e começo a ouvir umas vozes a sairem.

- Bia? Voltas-te. - Era o Roderick.

- Sim, voltei.

- Estou tão feliz por estares aqui. - Dito isto chegou á minha beira e abraçou-me.

- Eu tambem.

Ele parou de me abraçar e encarou-me cara a cara. Já quando eu tinha estado em Lisboa nós os dois tinhamos-nos dado muito bem. O Rúben dizia que ele gostava de mim mas eu nunca acreditei.

As nossas caras estavam muito próximas, eu sentia a respiraçao dele. Será que eu o queria beijar como ele a mim? Ou estaria a fugir do que sentia? Secalhar era mais facil ter uma relaçao com ele do que com o David. Os nossos lábios estavam a milimetros de distancia. Eu olhava-o nos olhos e ele fazia o mesmo comigo. Até que por fim ...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

4º Capitulo - "Quando fazes essa cara consegues sempre tudo"

- Sim, tem namorado. Algum problema amor? – Disse o Rúben pondo a mão á volta da minha cintura.

- Não amor, nenhum problema. Eles só queriam saber as horas.

- Então sendo assim já podemos entrar.

Eu e o Rúben entramos ainda abraçados para o caso de os outros ainda estarem a ver.

Quando vimos que estávamos em “ segurança” desatamo-nos os dois a rir.

- O que é que aqueles gajos queriam?

- Estavam-se a meter comigo, nada de mais.

- Eu bem disse que não te podia deixar sozinha nem um minuto contigo assim vestida.

- Irra, tu sismas com a minha roupa. Olha por falar em roupa, preciso de ir a umas
lojas comprar uma roupa e tu vens comigo?

- Eu? Oh Bia eu detesto comprar roupa, ainda por cima contigo que és maluca por roupa.

- És o meu melhor amigo ou não és? – E fiz assim um beicinho, como as crianças costumam fazer quando querem um doce e os pais não lhes são.

- Beatriz não faças essa cara que não vai resultar. – Eu continuei com a mesma cara de criança. – Pronto vamos lá comprar roupa, quando fazes essa cara consegues sempre
tudo.

-Eu sei que sim. – E esbocei um largo sorriso.

Fomos para as lojas e eu experimentava roupa e mais roupa e o Rúben estava sempre a reclamar que estava cansado. A maior parte das pessoas ficava a olhar para nós por ele ser o Rúben Amorim, mas nós já nem ligávamos. Estava no provador da Zara quando
o Rúben me diz:

- Bia, vou lá para fora que o David está a chegar ok?

- Sim, eu também só vou pagar aqui umas peças e já vou ter com vocês.

-Bia, não te esqueças da nossa conversa por-favor.

- Sim Pai. – Rimo-nos os dois.

Passado um bocado saio do provador e o Rúben já lá não está.

Dirigi-me a caixa e paguei o que comprei. Não sei se estou pronta para ver o David, mas sinceramente nem quero pensar nisso, eu prometi ao Rúben e vou cumprir.

Quando saio da loja não os vejo. Pego no Telemóvel e ligo ao Rúben.

- Olha onde é que tu te metes-te?

- O David está comigo e viemos vindo pedir o almoço, como disseste que não demoravas e já está a ficar um bocado tarde para nós.

- Ah, entao vão comendo que eu já vou.

- Mas não tragas almoço, eu trouxe para ti.

- Ah obrigada. Rúben?

- Sim

-Diz apenas sim ou não ás perguntas que te vou fazer. Ele sabe que sou eu que vou almoçar com vocês?

- Não.

- Ele disse algo sobre mim?

- Sim

- O quê?

- O Tiago mostrou-se preocupado, queria saber como tu estavas.

- Já percebi, disseste Tiago para ele não se aperceber.

- Sim.

- Pronto, eu já estou quase a chegar. Onde vocês estão?

- Perto dos cinemas.

- Ok. Rúben, se vires que estou aflita ou assim ajuda-me por-favor.

- Claro, não te preocupes.

- Até já, beijos.

- Beijos.

Guardei o telemóvel na carteira e continuei a andar. Estava em frente aos cinemas.

Olhei e vi-os ao longe. O David estava de costas para mim e o Rúben de frente, este viu-me mas eu fiz-lhe sinal para ele não dizer nada. Aproximei-me da mesa, e disse:

- Boa tarde. – A minha voz saiu a medo, sem saber que reacção da parte do David esperar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

3º Capitulo - " O Hoje não é o ontem nem o amanhã, é simplesmente o hoje"

- Oh Rúben, o David é o teu melhor amigo e apesar do que se passou não tens de deixar de estar com ele por minha causa. É claro que não há problema nenhum.

- Ele pode ser o meu melhor amigo mas tu és a minha melhor amiga e além disso acho que te enganas-te, não é o que se passou entre vocês, é antes o que não se passou entre vocês.

- Rúben, é passado. Não quero falar disso, desculpa.

- Não Bia, desculpa eu mas vais-me ouvir. Eu estou farto de te ver a sofrer e ficar calado. Nota-se á distância que tu e o David ainda gostam um do outro. Eu sei o que se passou contigo no passado, eu estive sempre do teu lado. Quando quises-te vir para Lisboa e deixar tudo para trás por causa dele, eu apoiei-te e ajudei-te em tudo. Sabes bem que convencer os teus pais não foi fácil mas eu disse que ia conseguir e consegui e sabes porque? Porque não queria a minha melhor amiga a sofrer por alguém que não merece, o Miguel nunca te mereceu Bia, ele só brincava com a tua cara e tu própria sabias disso mas estavas cega. – As lágrimas começavam a cair sem parar, mas nem isso fez o Rúben parar, ele sabia que eu precisava de “acordar” para a vida e era isso que ele estava a tentar fazer, por isso continuou. – Quando chegas-te a Lisboa em Junho, eu pensei que te ia fazer bem mudar de ares. Mas apareceu o David, e entre ti e ele foi um amor á primeira vista, ainda me lembro de quando vos apresentei e como vocês nessa noite não paravam de olhar um para o outro. As coisas foram evoluindo entre vocês e eu pensei mesmo que ias voltar a ser feliz esquecendo de vez o Miguel. Mas estava enganado, quando o David te perguntou se querias namorar com ele tu fugis-te e nem respondes-te. Não sabes como eu fiquei Bia, eu não sabia nada de ti, tinhas o telemóvel desligado não dizias nada a ninguém. Até que tive a ideia de ligar a tua mãe e ela disse que estavas no Porto. Mas o que mais me custou foi dizeres que não me querias ver por uns tempos, fiquei muito triste já para não falar do David, digo-te, ainda bem que o campeonato tinha acabado porque se não ele ia ser considerado o pior central. Não fazes ideia Bia, ele não saia de casa, só ia aos treinos porque era obrigado e todos os dias me perguntava por ti. Estive mais de um mês sem te ver o que me custou muito, mesmo muito. Quando há uma semana atrás me ligas-te a dizer que ias voltar para Lisboa eu fiquei … fiquei … nem tenho palavras para descrever como fiquei, voltar a ter a minha melhor amiga ao meu lado. Ontem quando te fui buscar ao aeroporto, quando te abracei era como se fossemos só nós no mundo onde mais ninguém existia. Eu estava muito feliz por ti, mas quando toquei no assunto David, percebi que ainda o amavas, é verdade Bia, não o escondas de ti mesma, tu amas o David mas tens medo que ele te faca o mesmo que o Miguel te fez. Mas Bia, és a minha melhor amiga achas que se eu achasse que ele te ia fazer o mesmo que o outro te fez eu te deixava aproximar dele? O David ama-te Bia, ama mesmo muito. Desde que se passou aquilo ele não é o mesmo David, não ri, não faz partidas nem entra em brincadeiras. Bia, por ele, por mim mas principalmente por ti não fugas do que sentes nem te escondas por-favor. Eu já não aguento mais ver-te a sofrer assim. Deixa-te de desculpas esfarrapadas, de medos parvos e aproveita a vida. O Hoje não é o ontem nem o amanhã, é simplesmente o hoje. Esquece o passado, não penses no futuro e vive este amor agora.

Eu não sabia o que dizer, ele tinha razão em tudo o que disse, mas eu jurei a mim mesma que depois do que se passou com o Miguel não ia deixar que mais nenhum rapaz entrasse na minha vida, mas apareceu o David. Eu era uma fã dele mas quando me comecei a apaixonar por ele fugi, sim, admito fugi. Eu sei que magoei o Ruben mas eu não me queria apaixonar de novo. Eu pensava que uns tempos no Porto me iam fazer bem , mas estava enganada, ver o Miguel e pensar no David não dava mais, por isso decidi voltar para Lisboa, mas o medo de o ver hoje falou mais alto outra vez.

Decidi que tinha de dizer algo ao Rúben, afinal ele era o meu melhor amigo e depois do que ele me disse eu não podia ficar calada.

- Rúben, eu… - disse entre soluços, as lágrimas não paravam mas mesmo assim continuei – Eu sei que tens razão, não devia ter feito o que fiz mas principalmente não me devia ter afastado de ti. Desculpa, desculpa, desculpa mas tu sabes que o que depois do que o Miguel me eu jurei não me voltar a apaixonar e deixei de acreditar no amor. Mas depois apareceu o David, - quando disse o nome dele formou-se um sorriso pequeno mas sincero na minha cara – o David fez-me ficar confusa, afinal era eu capaz de voltar a amar? Sim Rúben, o David não me é indiferente mas eu não estou preparada para viver tudo outra vez, voltar a criar ilusões e pensar que vou ser feliz para depois o sonho cair por terra.

- Bia, o teu sonho não vai cair por terras, o David ama-te e nem compares o David ao Miguel, porque o Miguel não te amava nem gostava de ti só te usava, agora o David, Bia ele era capaz de dar a volta ao mundo só para te ir buscar, ele dá-te o céu se quiseres. Promete-me que não vais fugir mais por-favor.

- Eu prometo que vou TENTAR por o passado de lado e não fugir, mas aviso-te já que não vou forçar nada.

- Oh minha pequenina, fico tão feliz por estares a tentar. – Mas acabou de falar, chegou-se para mim e abraçou-me. Como eu gostava desse abraço.

A barriga do Rúben começa a acusar fome e eu riu-me.

- Acho melhor irmos, acho que a tua barriga não aguenta muito mais tempo.

- Que gracinha, tens a certeza que podemos ir? Não te esqueças que o David vai.

- Sim, podemos. Já agora, disseste-lhe que ias almoçar com quem?

- Disse que era com uma amiga, não disse que eras tu, não me deixas-te dizer-lhe que ias voltar.

- Era melhor ele não saber, eu não estava preparada para o ver outra vez.

- E agora estás?

- Como amigo, claro que estou.

- Bia …

- Nem Bia nem meio Bia, eu disse que ia tentar mas também não ia forçar nada. Vamos com calma.

- Tudo bem.

Saímos do parque de estacionamento e direcção ao Colombo. Durante o caminho fui secando os olhos e retocando a maquilhagem. Chegamos ao nosso destino e o Rúben parou em frente á porta.

- Sai e espera aí, vou estacionar e tenho a impressão que com esses saltos não deves querer andar muito. - E riu-se.

- Olha senhor Amorim fique sabendo que só trouxe estes sapatos para o senhor não passar o dia todo a chamar-me pequenina.

- Mas mesmo com esses sapatos és pequenina.

Nem lhe respondi, sai do carro e fiquei a espera dele a porta. Vejo 2 rapazes a aproximarem-se de mim, queria ir ter com o Rúben mas já não sabia onde ele estava.

- Olá Linda – disse um deles. Nem lhe respondi. – Não vais falar?

- Olha mas o que é que tu queres? – Disse eu já irritada.

- De ti? Uih, quero muita coisa. – E começou-se a aproximar. – O que é que uma rapariga tão linda como tu faz aqui sozinha? – E fez-me uma festa na cara. Eu virei a cara.

- Quem te disse que eu estava sozinha?

- Eu bem vi um carro a deixar-te aqui e depois a ir embora. Mas diz-me lá, tens namorado? – Cada vez se aproximava mais, eu ia responder mas alguém respondeu por mim.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2º Capitulo

- Rúben, estou a ficar preocupada.

- Tu estás linda.

- Oh Rúben, eu aqui preocupada e tu dizes-me isso?

- Mas é a verdade.

- Que melhor amigo parvinho que eu tenho.

- Parvinho ou não, tu hoje e assim vestida vais passar o dia todo comigo. Não quero gajos a atirarem-se a ti com segundas intensoes.

- Hum, muito bem, então que desculpa vais dar ao mister?

- Hãn?

- Relaciona as seguintes palavras, tu, treino, logo, mister. Já chegas-te lá?

- Ah pois é, tinha-me esquecido que logo tenho treino. Não importa, vens comigo.

- Posso reclamar?

- Não. – Disse ele abraçando-me. – Sabes, é mesmo muito bom ter-te aqui á minha beira.

- Estamos muito carentes. – Fiz-lhe uma careta. – Mas também é muito bom estar aqui á tua beira e longe dos problemas.

- Bia, não penses nele, por-favor, não vale a pena.

- Tens razão. – Dirigi-me para a mesa da cozinha onde ele tinha posto o pequeno-almoço. Ele fez o mesmo que eu e sentou-se em frente a mim. Enquanto comíamos ele perguntou:

- Entao, que vamos fazer hoje?

- Quanto a ti não sei, mas eu tenho de ir a escola entregar aquele papel que faltava e depois ouvi dizer que ia a um treino qualquer.

- Muito engraçadinha a menina hoje. Então fazemos assim, vamos agora á escola porque se vou ser responsável por ti aqui em Lisboa devo ter de assinar alguma coisa.
Almoçamos no Colombo que tenho de comprar umas coisas e depois vamos para o treino. Que te parece?

- Passar o dia todo a aturar-te? Não sei não, és muito chato.

- Muito chato mas tu gostas muito.

- Pois gosto. Agora a sério, por mim parece-me óptimo.

- Então vamos.

Pequei na carteira e o Rúben nas chaves do carro. Entramos e seguimos para aquela que iria ser a minha escola nos próximos dois anos.

Quando chegamos o Rúben estacionou.

- Tens a certeza que queres entrar? – Perguntei-lhe, pois reparei que estavam alguns alunos na escola.

- Tenho, e por duas razoes.

- E que razões são essas?

- A primeira é que provavelmente vou ter de assinar algum papel e a segunda é que achas mesmo que te ia deixar sair do carro sozinha? Assim como estás hoje?

- Eu estou normal.

- Mas tu normal és linda, Bia.

- Oh, vamos mas é embora então.

Ele riu-se com a minha resposta e saiu do carro, eu fiz o mesmo e juntei-me a ele no passeio.

Quando entramos na escola estava toda a gente a olhar para nós. O Rúben ria-se porque eu não gostava de ser o centro das atenções e estava a ficar corada por isso.

- Tem calma, não fiques assim.

- Oh Rúben sabes bem que não gosto de ter toda a gente a olhar.

- É o que dá seres linda.

- Ou então é o que dá estar ao lado de um giraço que ainda por cima de chama Rúben Amorim.

Ele nada disse, apenas sorriu e continuamos a andar. Entrei na secretária, apenas lá estava uma senhora, o Rúben tinha ficado lá fora a atender uma chamada.

- Bom dia. – Disse a senhora.

- Bom dia, eu chamo-me Beatriz Lopes. Eu pedi transferência para esta escola mas faltava este papel que tenho aqui para ficar tudo tratado.

- Muito bem, Diga-me o seu nome completo assim como o ano e o curso que irá frequentar.

- Chamo-me Beatriz Monteiro e Lopes, o ano é o 11º de Ciencias.

- Dê-me um momento por-favor.

- Sim, claro.
A senhora foi em direcção a uma outra sala, olhei para fora e o Rúben ainda continuava ao telemóvel. A senhora estava a aproximar-se como um processo da mão, deduzi que fosse o meu.

- Podia dar-me o papel que falta?

- Claro. – Dei-lhe o papel que tinha na mão.

- Está tudo tratado, só falta a assinatura do seu encarregado de educação. É a mãe ou o pai?

- Nem um nem outro. Penso que faz referencia a isso no processo. – Dito isto a senhora começou a procurar no processo.

- Sim, realmente diz aqui que será outra pessoa o responsável por si, visto que não tem família em Lisboa. Peço desculpa, foi erro meu. Então, quem irá ser o responsável?

- É o meu melhor amigo.

- A falar em mim sem eu estar presente? – olhei e vi o Rúben a entrar.

- sim, anda cá que tens coisas a assinar. – Ele veio para a minha beira.

- Bom dia senhor Rúben Amorim. – Disse a senhora embasbacada por estar diante do Rúben.

- Bom dia. – Respondeu ele.

O Rúben lá assinou os papéis e saímos da escola, sempre com olhares postos em nós.

Entramos no carro mas o Rúben não o ligou, virou-se para mim e disse:

- Sabes á bocado quando eu estava a falar ao telemóvel?

- Sim, que tem?

- Era o David. Era a convidar-me para ir almoçar com ele, mas eu disse-lhe que já tinha planos mas não disse que era contigo visto que ele não sabe que já voltas-te do Porto. Pronto, mas para ele não almoçar sozinho convidei-o para almoçar connosco. Importas-te muito Bia?


Será que ela se vai importar? Se sim, que razoês terá?

domingo, 16 de janeiro de 2011

1º Capitulo

– Bia, acorda! – Eu conhecia aquela voz, era a voz dele, do meu melhor amigo, daquele ser que eu não conhecia há mais de 4 meses mas já era de tal maneira importante que arrisco-me a dizer que já não imaginava a minha vida sem ele. Ao pensar nisto esbocei um pequeno sorriso e abri os olhos. Ele encontrava-se de pé ao meu lado, também a sorrir. Levantei-me da cama e abracei-o.

- Bom dia Rúben! – Acabei por dizer. Fogo, ele era mesmo alto e eu sentia-me ainda
mais pequena do que já era quando estava ao pé dele.

- Isso é que é acordar bem-disposta pequenina! – Deslarguei-me dele e olhei-o com
uma cara séria, ele percebeu porque e continuou – Desculpa, mas tu sabes que és
mesmo pequenina. – riu-se mas eu continuei com a mesma cara – Pronto, vamos começar
do inicio. Dormis-te bem melhor amiga? – Esbocei um largo sorriso e respondi:

- Tirando a parte de te ouvir a ressonar toda a noite, dormi muito bem.

- Oh, não digas isso.

- Pronto, não digo mais nada.

Ele deu-me um beijo na testa e saiu do “meu” quarto, o quarto não era mesmo meu,
visto que estava em casa do Rúben, mas iria ser naquele quarto que iria dormir nos
próximos meses.

Larguei tudo, deixei para trás 16 anos de uma vida no Porto para rumar a Lisboa.
Aqui iria começar tudo de novo, uma nova vida com novas pessoas nela. Não quero
esquecer o passado, porque, para além de ele fazer parte da minha vida também me
tornou me tornou naquilo que hoje sou. Não quero esquecer as lágrimas, os sorrisos,
as inseguranças e as certezas, as amizades e os amores, as saídas e as conversas,
não quero esquecer nada, muito menos as pessoas que lá ficaram, pessoas de que me
irei sempre recordar com saudade. Mas eu tinha de sair de lá, tinha de me afastar, mas não iria esquecer, simplesmente tudo ia ser guardado numa grande caixa que ficaria sempre na minha mente mas mais importante, ficaria sempre no meu coração.

- Bia, já estás pronta? – Ouvi o Rúben a gritar, despertando-me assim do meu pensamento sobre o meu passado.

- Está quase. Dá-me mais 10 minutos e já vou.

- Ok, mas despacha-te.

Levantei-me da cama e entrei dentro da casa de banho que ficava dentro do quarto. Tomei banho, um banho não só para refrescar o corpo mas também a mente. Acabei o banho e dirigi-me ao quarto para me vestir. Escolhi algo simples, uns calções de ganga, uma camisola cai-cai vermelha, umas pulseiras, uns brincos e um colar, tudo preto. Sequei um pouco o cabelo com o secador, não muito, deixando assim bem visíveis os meus caracóis. Coloquei um arco preto prendendo assim a parte da frente do cabelo. Calcei uns sapatos de salto alto também pretos, sim, porque se ia passar o dia com o Rúben não queria que ele passa-se o dia todo a chamar-me pequenina.
Peguei na carteira e sai do quarto.

O Rúben estava na cozinha de costas para a porta, entrei, coloquei a carteira em cima da bancada e abracei-o por trás. Como eu gostava dele, era sem dúvida nenhuma o meu melhor amigo.

- Isso era tudo saudades? – Disse ele virando-se para mim.

- Sim, eram. – Respondi, dando-lhe em seguida um beijo na face.

Ele afastou-me com os braços e fez-me dar uma pequena volta. Não dizia nada, apenas olhava para mim com a boca aberta. Aproximo-me dele e muito delicadamente fecho-lhe a boca.

- Rúben, podes dizer alguma coisa? O que é que eu fiz de errado? – Eu não sabia o que se estava a passar e estava a ficar preocupada.

- Eu… Tu…

Inicio (;

Olá...

Esta fanfic tem como tema central Viver o Presente sem Medos.
A vida é feita de obstáculos e pedras no caminho mas é o dever de cada um superar e seguir em frente.

Espero que gostem...

Beijinhos

Nii'i